Nudez, gritaria, depressão, estupro, incesto, vômito, fora temer, veadagem, hospício, choro, violência, lesbianismo, desespero, é golpe, suicídio, assombrações, delírio, canibalismo, perversões e outras amenidades compondo (conforme o release) um “...diálogo fragmentado e confessional, onde seres perdidos tateiam em direção à luz”.
Como?
Onde que eu tava com a cabeça para comprar ingressos para ver para uma peça com seres perdidos tateando em direção à luz?
Parece uma coisa "Caroláine no Labirinto".
Que bola fora!
Mas enfim, comprei – dentro de um pacotão de outras mais do Palco Giratório 2018 - e mais uma vez tivemos a oportunidade de conferir asneira travestida de arte na peça “Cadarço de Sapato ou Ninguém está acima da Redenção”.
No caso aqui, uma presepada construída através da colagem de vários textos – acrescida de alguns extras - da dramaturga inglesa Sarah Kane, que se matou em 1999.
Sarah – depressiva e esquizofrênica - ficou conhecida por suas peças agressivas, chocantes, densas e não lineares.
Até aí, nenhum problema.
A questão que se coloca é : por que o povo “da arte” teima sempre em “recriar”, “desconstruir”, “ressignificar” – ou seja distorcer - a obra alheia?
Por que estes pseudo-sei-lá-o-que teimam em fragmentar e adulterar textos de outros, com a intenção de dar uma “releitura”, um “aprofundamento”?
Claro que, para causar, além de “re-textar” (sic), lançarão mão de elementos para dar um “adensamento” no embuste, tipo máscaras, névoa, véus, luzes, sons, música, etc. Aliás, falando em música no caso do “Cadarço...”, a trilha é um desfile de artistas cults, tipo Bowie, Joy Division, Leonard Cohen, New Order, Lou Reed, Radiohead e outros. Todos elencados para confirmar o gosto refinado dos envolvidos nesta "criação coletiva".
Que bela bosta, pois só o que conseguem - mesmo com toda a parafernália - é ocultar o que a obra original tem de impactante, num desfile cretino de bizarrices que não leva a lugar algum.
E o que é mais patético, é que no final – no momento em que os intelectuais e familiares aplaudem em pé – o ator Renato de Campão toma palavra e despeja um lenga-lenga sobre a importância da peça e afirma a necessidade da mesma ser levada a todos os recantos (escolas inclusive) por causa do seu discurso necessário e urgente.
E tu fica tipo : como assim? ...
Ridículo.
Mas nem tudo está perdido, pois o texto realmente consegue se manter em vários momentos e alguns atores mandam muito bem.
Jairo Klein está fantástico como uma figura andrógina que é a cara da loucura.
Rejane Meneguetti, correta.
Adriana Lempert, como uma joker dos pampas, tem seus momentos.
Gustavo Razzera não compromete mas também não brilha. Já Aline Szpakowski tem em mãos alguns dos melhores textos e os desperdiça em uma atuação linear.
E Renato de Campão mais uma vez mostra sua verve que se resume a gritos e caretas.
Que bola fora!
Mas enfim, comprei – dentro de um pacotão de outras mais do Palco Giratório 2018 - e mais uma vez tivemos a oportunidade de conferir asneira travestida de arte na peça “Cadarço de Sapato ou Ninguém está acima da Redenção”.
No caso aqui, uma presepada construída através da colagem de vários textos – acrescida de alguns extras - da dramaturga inglesa Sarah Kane, que se matou em 1999.
Sarah – depressiva e esquizofrênica - ficou conhecida por suas peças agressivas, chocantes, densas e não lineares.
Até aí, nenhum problema.
A questão que se coloca é : por que o povo “da arte” teima sempre em “recriar”, “desconstruir”, “ressignificar” – ou seja distorcer - a obra alheia?
Por que estes pseudo-sei-lá-o-que teimam em fragmentar e adulterar textos de outros, com a intenção de dar uma “releitura”, um “aprofundamento”?
Claro que, para causar, além de “re-textar” (sic), lançarão mão de elementos para dar um “adensamento” no embuste, tipo máscaras, névoa, véus, luzes, sons, música, etc. Aliás, falando em música no caso do “Cadarço...”, a trilha é um desfile de artistas cults, tipo Bowie, Joy Division, Leonard Cohen, New Order, Lou Reed, Radiohead e outros. Todos elencados para confirmar o gosto refinado dos envolvidos nesta "criação coletiva".
Que bela bosta, pois só o que conseguem - mesmo com toda a parafernália - é ocultar o que a obra original tem de impactante, num desfile cretino de bizarrices que não leva a lugar algum.
E o que é mais patético, é que no final – no momento em que os intelectuais e familiares aplaudem em pé – o ator Renato de Campão toma palavra e despeja um lenga-lenga sobre a importância da peça e afirma a necessidade da mesma ser levada a todos os recantos (escolas inclusive) por causa do seu discurso necessário e urgente.
E tu fica tipo : como assim? ...
Ridículo.
Mas nem tudo está perdido, pois o texto realmente consegue se manter em vários momentos e alguns atores mandam muito bem.
Jairo Klein está fantástico como uma figura andrógina que é a cara da loucura.
Rejane Meneguetti, correta.
Adriana Lempert, como uma joker dos pampas, tem seus momentos.
Gustavo Razzera não compromete mas também não brilha. Já Aline Szpakowski tem em mãos alguns dos melhores textos e os desperdiça em uma atuação linear.
E Renato de Campão mais uma vez mostra sua verve que se resume a gritos e caretas.
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