Tom, um jovem gay urbano, perde seu namorado (Guillaume) num acidente de trânsito.
A fim de acompanhar os funerais do amado viaja ao interior, à fazenda da família de Guillaume.
A questão é que a mãe de Guillaume (Ágata), não sabe que seu filho era gay, então, para não incomodar a mãe, o irmão de Guillaume (Francis – um fazendeiro bruto e agressivo), obriga Tom a mentir sobre sua relação com o falecido.
Fragilizado, Tom
compactua com a farsa, sem saber que esta concessão é o início de outras
que o levarão a permanecer na fazenda num ambiente de agressões físicas
e emocionais perpetradas pelo perturbado Francis.
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A história é punk e assisti as suas duas versões : o filme, de Xavier Doland, e a peça, de Michel Marc Bouchard.
Vi o filme primeiro e fiquei muito perturbado pela passividade de Tom diante das agressões do “cunhado”. Claro que a relação abusiva que se estabelece entre ele e Francis é muito complexa – não dá para santificar um e crucificar outro - revelando momentos de ódio, afeto, dependência, rejeição e atração.
O jogo físico-mental que se estabelece entre é cheio de camadas que indignam e desassossegam o público o tempo todo.
A peça é a mesma coisa, só que o impacto é muito maior.
Ver ao vivo toda a humilhação física e mental de Tom é torturante, quase insuportável.
Os atores estão magníficos. Armando Babaioff (Tom) e Gustavo Vaz (Francis) são pura energia e vigor em cena. Suas alternâncias de raiva, choro, dor e afeto são desconcertantes.
Kelzy Ecard (a mãe) e Camila Nhary (a “namorada fictícia”) complementam a grupo de talentos com louvor
Mas o que me perturbou muito é que o final da peça é completamente diferente do final do filme.
Tão diferente que se pode pensar em duas histórias distintas.
O peça termina num tom de revenge, com Tom – aparentemente – dando o troco à Francis.
Já o filme termina numa espécie de vácuo, com Tom num tom (sic) de (des)conforto e (in)decisão.
Mas o que achei bizarro é que a peça é o filme podem ser complementares, o que não seria de todo impossível, uma vez que o roteiro cinematográfico foi escrito numa parceria entre o Xavier Doland (diretor) e o Michel Marc Bouchard (o autor da peça).
Será que eles quiseram fazer uma pegadinha?
Sei lá, mas o que é bom mesmo é constatar que se está diante de uma obra provocativa.
Muitos podem não gostar, mas indiferente ninguém fica.
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A história é punk e assisti as suas duas versões : o filme, de Xavier Doland, e a peça, de Michel Marc Bouchard.
Vi o filme primeiro e fiquei muito perturbado pela passividade de Tom diante das agressões do “cunhado”. Claro que a relação abusiva que se estabelece entre ele e Francis é muito complexa – não dá para santificar um e crucificar outro - revelando momentos de ódio, afeto, dependência, rejeição e atração.
O jogo físico-mental que se estabelece entre é cheio de camadas que indignam e desassossegam o público o tempo todo.
A peça é a mesma coisa, só que o impacto é muito maior.
Ver ao vivo toda a humilhação física e mental de Tom é torturante, quase insuportável.
Os atores estão magníficos. Armando Babaioff (Tom) e Gustavo Vaz (Francis) são pura energia e vigor em cena. Suas alternâncias de raiva, choro, dor e afeto são desconcertantes.
Kelzy Ecard (a mãe) e Camila Nhary (a “namorada fictícia”) complementam a grupo de talentos com louvor
Mas o que me perturbou muito é que o final da peça é completamente diferente do final do filme.
Tão diferente que se pode pensar em duas histórias distintas.
O peça termina num tom de revenge, com Tom – aparentemente – dando o troco à Francis.
Já o filme termina numa espécie de vácuo, com Tom num tom (sic) de (des)conforto e (in)decisão.
Mas o que achei bizarro é que a peça é o filme podem ser complementares, o que não seria de todo impossível, uma vez que o roteiro cinematográfico foi escrito numa parceria entre o Xavier Doland (diretor) e o Michel Marc Bouchard (o autor da peça).
Será que eles quiseram fazer uma pegadinha?
Sei lá, mas o que é bom mesmo é constatar que se está diante de uma obra provocativa.
Muitos podem não gostar, mas indiferente ninguém fica.
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