A dor do ludo, da perda definitiva. O esmagamento da tristeza, da saudade. O espírito quebrado. As portas fechadas. O enclausuramento da alma. A negação da vida, do seguir em frente. Descrença, sem conforto, sem paz, sem esperança.
Talvez poucas vezes o cinema tenha apresentado o luto de forma tão contundente, tão explícita quanto em “Em Pedaços”, obra Alemã de 2017.
O filme conta a história de Katja (Diane Kruger), uma jovem mulher que perde toda sua família (marido e filho) num atentado terrorista motivado por xenofobia.
Ao saber da morte dos seus queridos, Katja sucumbe, de forma
avassaladora, à dor da perda. Desespero, raiva, ódio, terror e culpa
tomam conta da sua realidade, se aderem a sua alma, se tornam seus
companheiros.
Nada mais faz sentido.
A vida só volta a lhe mostrar algum interesse quando os assassinos da sua família são levados à júri.
Mas, contrariando suas expectativas, o julgamento, ao invés de lhe trazer o sentimento de justiça feita, a leva a decisões e ações extremas – e para nós talvez incompreensíveis - as quais, dentro da sua mente dilacerada, são sinônimos de paz, conforto e redenção.
“Em Pedaços” é um filme triste, soturno, sombrio, levado nas costas pela atuação magistral da Diane Kruger (merecidamente melhor atriz em Cannes).
É uma obra sólida, firme que nos conduz numa viagem impressionante ao íntimo de um espírito destroçado.
A coisa não é fácil mesmo, ainda mais porque o diretor Fatih Akin não facilita e mantem a câmera quase todo tempo grudada na máscara de dor da protagonista.
Chega a ser quase insuportável, mas vale muuitoooo a pena.
O final apoteótico e inesperado deixa uma sensação complicada de definir.
Tu fica tipo.... de queixo caído, estupefato, chocado...
Filmaço
Nada mais faz sentido.
A vida só volta a lhe mostrar algum interesse quando os assassinos da sua família são levados à júri.
Mas, contrariando suas expectativas, o julgamento, ao invés de lhe trazer o sentimento de justiça feita, a leva a decisões e ações extremas – e para nós talvez incompreensíveis - as quais, dentro da sua mente dilacerada, são sinônimos de paz, conforto e redenção.
“Em Pedaços” é um filme triste, soturno, sombrio, levado nas costas pela atuação magistral da Diane Kruger (merecidamente melhor atriz em Cannes).
É uma obra sólida, firme que nos conduz numa viagem impressionante ao íntimo de um espírito destroçado.
A coisa não é fácil mesmo, ainda mais porque o diretor Fatih Akin não facilita e mantem a câmera quase todo tempo grudada na máscara de dor da protagonista.
Chega a ser quase insuportável, mas vale muuitoooo a pena.
O final apoteótico e inesperado deixa uma sensação complicada de definir.
Tu fica tipo.... de queixo caído, estupefato, chocado...
Filmaço
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