Filha
de pais separados, Choi, uma menina de 14 anos é estuprada por um grupo
de jovens – da cidade de Milyang (Coréia do Sul) - que filmam o crime e
começam a chantageá-la, ameaçando divulgar os vídeos na internet,
caso ela não volte a encontrar-se com eles.
Assustada, a jovem submete-se à gang, de 44 integrantes, que continua a violá-la sistematicamente por quase um ano, e ainda a obrigam a trazer – para também serem abusadas - sua irmã mais nova (de 12 anos) e uma prima (de 15 anos).
Vivendo com um pai alcoólatra e abusivo, a menina não tem a quem recorrer; tenta o suicídio diversas vezes e entra em estado de profunda depressão.
Percebendo algo errado, sua tia a pressiona e acaba descobrindo todo o crime.
A mãe, informada, procura a polícia, denuncia o estupro, pede que a investigação ocorra sob sigilo e também solicita que policiais femininas atendam as meninas.
A polícia, além de divulgar as identidades das crianças, designa policiais masculinos para interrogá-las, os quais insinuam coisas do tipo “vocês tem certeza de que não os seduziram primeiro?” , “vocês não estavam por aí balançando seus rabos e indo pra lá porque gostavam?” e as acusam de estar “desmoralizando a cidade de Milyang”.
Como a identidades das menina não foram preservadas, elas começam a sofrer ataques públicos dos pais dos criminosos.
Alguns dão entrevistas dizendo coisas do tipo :
“Por que deveríamos ficar tristes pelas famílias das vítimas?”,
“Por que vocês não consideram o nosso sofrimento”,
“ Como os meninos poderiam resistir à tentação destas garotas sedutoras?”,
“Eles deveriam ensinar estas meninas como se comportar para evitar este tipo de coisa”,
e por aí adiante.
No decorrer do processo, as meninas foram obrigadas a fazer reconhecimento dos criminosos face a face, ao invés de “espelho mágico”, com policiais perguntando coisas do tipo “ ele enfiou ou não?”. Uma das meninas teve que receber tratamento psiquiátrico após estes procedimentos.
Durante o julgamento, o pai de Choi – que até então estava de fora do caso – aparece e, em nome do seu “direito como pai” - apresenta um acordo financeiro de 50 milhões de “wons” para livrar os criminosos das acusações. A menina, sem ter ideia do conteúdo, assina o tal acordo. O pai gasta toda a quantia e mais tarde morre devido ao alcoolismo.
As mais variadas sentenças são definidas ao enorme número de acusados, porém apenas 5 são enviados a centros de detenção juvenil. Nenhum é acusado de atos criminosos.
Mais tarde a suprema corte Coreana define um pagamento às vítimas por conta de indenização por danos.
---------------------------------------
Baseado nesta história real, o filme “Han Gong Ju” acompanha tragédia de uma menina que passou pela experiência de um estupro coletivo e que agora busca recomeçar sua vida noutra cidade, num local onde sua história não é conhecida.
Solitária e amedrontada, a menina evita contatos sociais, porém, pouco a pouco vai se abrindo, faz algumas amizades e alguma luz entra em sua vida.
Porém, é claro, a mão impiedosa do destino, surge e a arrasta para um final trágico.
“Han Gong Ju” não é um passatempo tipo “sessão pipoca”. É um filme lento, depressivo e sufocante.
É um martírio para o espectador acompanhar a saga desta menina ferida e abandonada no mundo, que é destruída por tenebrosas forças sociais.
E o mais triste é que a “bela cena final”, ao invés de trazer algum alento, reforça todo o sentimento de desamparo e esmaga o coração.
Triste mesmo...
Assustada, a jovem submete-se à gang, de 44 integrantes, que continua a violá-la sistematicamente por quase um ano, e ainda a obrigam a trazer – para também serem abusadas - sua irmã mais nova (de 12 anos) e uma prima (de 15 anos).
Vivendo com um pai alcoólatra e abusivo, a menina não tem a quem recorrer; tenta o suicídio diversas vezes e entra em estado de profunda depressão.
Percebendo algo errado, sua tia a pressiona e acaba descobrindo todo o crime.
A mãe, informada, procura a polícia, denuncia o estupro, pede que a investigação ocorra sob sigilo e também solicita que policiais femininas atendam as meninas.
A polícia, além de divulgar as identidades das crianças, designa policiais masculinos para interrogá-las, os quais insinuam coisas do tipo “vocês tem certeza de que não os seduziram primeiro?” , “vocês não estavam por aí balançando seus rabos e indo pra lá porque gostavam?” e as acusam de estar “desmoralizando a cidade de Milyang”.
Como a identidades das menina não foram preservadas, elas começam a sofrer ataques públicos dos pais dos criminosos.
Alguns dão entrevistas dizendo coisas do tipo :
“Por que deveríamos ficar tristes pelas famílias das vítimas?”,
“Por que vocês não consideram o nosso sofrimento”,
“ Como os meninos poderiam resistir à tentação destas garotas sedutoras?”,
“Eles deveriam ensinar estas meninas como se comportar para evitar este tipo de coisa”,
e por aí adiante.
No decorrer do processo, as meninas foram obrigadas a fazer reconhecimento dos criminosos face a face, ao invés de “espelho mágico”, com policiais perguntando coisas do tipo “ ele enfiou ou não?”. Uma das meninas teve que receber tratamento psiquiátrico após estes procedimentos.
Durante o julgamento, o pai de Choi – que até então estava de fora do caso – aparece e, em nome do seu “direito como pai” - apresenta um acordo financeiro de 50 milhões de “wons” para livrar os criminosos das acusações. A menina, sem ter ideia do conteúdo, assina o tal acordo. O pai gasta toda a quantia e mais tarde morre devido ao alcoolismo.
As mais variadas sentenças são definidas ao enorme número de acusados, porém apenas 5 são enviados a centros de detenção juvenil. Nenhum é acusado de atos criminosos.
Mais tarde a suprema corte Coreana define um pagamento às vítimas por conta de indenização por danos.
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Baseado nesta história real, o filme “Han Gong Ju” acompanha tragédia de uma menina que passou pela experiência de um estupro coletivo e que agora busca recomeçar sua vida noutra cidade, num local onde sua história não é conhecida.
Solitária e amedrontada, a menina evita contatos sociais, porém, pouco a pouco vai se abrindo, faz algumas amizades e alguma luz entra em sua vida.
Porém, é claro, a mão impiedosa do destino, surge e a arrasta para um final trágico.
“Han Gong Ju” não é um passatempo tipo “sessão pipoca”. É um filme lento, depressivo e sufocante.
É um martírio para o espectador acompanhar a saga desta menina ferida e abandonada no mundo, que é destruída por tenebrosas forças sociais.
E o mais triste é que a “bela cena final”, ao invés de trazer algum alento, reforça todo o sentimento de desamparo e esmaga o coração.
Triste mesmo...
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