Ver a figura de Maria, mãe de Jesus, vinculada explicitamente à deusa grega Ártemis - uma deusa que expressa uma síntese das energias multifacetadas da essência feminina – é simplesmente desestabilizador.
Ainda mais se esta mesma figura de Maria se expressa como as mulheres trágicas e ameaçadoras do teatro grego - como Medeia, Antígona, Electra, Hécuba –, personagens que trazem em si a força da natureza, dos elementos, do destemor de revirar suas fúrias .
Porém é isto o que vivemos diante da estupenda peça “O testamento de Maria”, apresentada nesta edição do Porto Alegre em Cena.
Escrita por Colm Tóibin, e encenada com sucesso na Broadway, “O
testamento de Maria” é um monólogo dramático avassalador, defendido pela
vulcânica Denise Weinberg de forma absolutamente assombrosa, que
detona as verdades criadas e impostas por uma religiosidade presunçosa,
que estabelece “leis” - criadas pelo homem - para aterrorizar,
controlar e rebaixar a espiritualidade..
O que temos na peça é uma contundente denúncia daquele tipo de crença que se julga “superior”, detentora do “conhecimento”, conhecedora das “leis”, que se baseia “no que está escrito” para justificar seus atos de maldade, interesse e preconceito (algo bem evidente no Brasil atual)
Fiquei absolutamente pasmo. Me caiu todos os butia do bolso.
Definitivamente uma das melhores peças da minha vida.
O que temos na peça é uma contundente denúncia daquele tipo de crença que se julga “superior”, detentora do “conhecimento”, conhecedora das “leis”, que se baseia “no que está escrito” para justificar seus atos de maldade, interesse e preconceito (algo bem evidente no Brasil atual)
Fiquei absolutamente pasmo. Me caiu todos os butia do bolso.
Definitivamente uma das melhores peças da minha vida.
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