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Friday, September 22, 2017

Teatro - O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu

Renata Carvalho como Jesus trans
















Acabo de sair do teatro onde assisti 'O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu', a tal de peça profana que muita gente, sem ver, se largou a jogar pedras e pediu sua proibição.

O que tenho a dizer?

Pelo que vi, para mim tudo o que foi apresentado se resume a uma única pergunta : "Um gay é alguém capaz de atos de bondade (ou ser objeto de bondade) conforme Cristo ensinou, ou não ?"

Se as pessoas acham que sim, que um gay tem capacidade de agir de forma bondosa (conforme a mensagem do Salvador), a peça definitivamente não tem nada, absolutamente nada, de profano ou agressivo à religião cristã.

Muito pelo contrário : a peça celebra a palavra de Cristo no que ela tem de mais boa, sábia e inclusiva.

Agora, se alguém pensa que um gay é pecador, alguém que só age com maldade e definitivamente não possui valor algum - e que deve ser extirpado da sociedade-, a peça sim pode ser considerada profana só pelo fato dela ter uma forte pegada “queer” (mas que não se esgota nisto).

Só que, para mim, uma pessoa que pensa assim não vive a palavra de Cristo. Alguém assim é o tipo de pessoa que sempre tem um dedo em riste julgando os demais, e que se esquece da imortal “quem nunca pecou que atire a primeira pedra”.

Portanto não sei mesmo o porque de tanta celeuma por causa de uma obra totalmente pró Cristo.

Além disto, o fato da figura do Rei dos Reis ser representada por uma travesti em momento algum rebaixa sua imagem.

Ao contrário; o que temos, no desenrolar da ação, é este "ser híbrido" divulgando uma constante mensagem de união e comunhão entre todos, independente de gênero (o que eu acredito que Cristo faria).

Enfim, o que eu acho mais bizarro é que a excepcional peça “O testamento de Maria”, que vimos ontem neste mesmo festival, é infinitamente, repito, infinitamente mais “profana” que a peça “da travesti”, e sobre “O testamento” ninguém falou nada (certamente porque os tais “formadores de opinião”, que influenciam a massa de “zumbis da moral”, não manjam nada de teatro e se ligam apenas no sensacionalismo barato, se ligam apenas no assunto “que causa”).

Sim, acreditem, “O testamento de Maria” - que passou em brancas nuvens- é uma peça afrontosamente anti-cristã (literalmente acaba com tudo) enquanto “O evangelho” é totalmente pró Cristo.

Portanto, quem joga pedra nesta peça, revela que só sabe papagaiar o que ouve na mídia, sem ter o mínimo de conhecimento ou capacidade intelectual de refletir e pensar por si próprio. Ou então é alguém que, em sua alma, anseia pelo Genocídio Gay.

Mas enfim, vamos em frente…. Bola adiante….

Só é triste constatar, quando este tipo de coisa acontece, o tamanho da desinformação e preconceito que ainda existe por aí...

Porém, quem sabe um dia ...

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