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Saturday, May 31, 2014

Filme - Malevola

Uma coisa inacreditável. A medida que o filme avançava eu me perguntava : Por que cometeram esta bosta de filme ? Com que intuito ? 

Os caras pegaram uma história clássica, consagrada, eterna e simplesmente vomitaram (para não dizer outra coisa ) em cima.

Sim, pois qual seria a outra forma de explicar a deturpação completa do conto da Bela Adormecida que esta porcaria de “Malévola” comete ?

O filme até que começa bem, mostrando a inimizade entre o povo mágico e os humanos e como a Fada Malévola é traída – por um imbecil que acaba tornando-se rei dos humanos- e parte para a vingança.

Até aí tudo bem, a coisa vai mais ou menos na linha da história original.

Só que quando a Malévola invade o salão real onde a Princesa Aurora será batizada, a malvada, bem teatral, amaldiçoa a criança dizendo que ela, ao completar 16 anos, irá espetar o dedo numa roca de fiar e cairá em sono eterno do qual só despertará com um beijo de amor verdadeiro. 

O que? Fala sério! Nada a ver. 

No original, quando a feiticeira roga a praga, fala em morte da jovem e é claro que a malvada não fala nada em como desfazer o sortilégio (ela seria muito trouxa de fizesse isto, of course)

Para piorar as coisas – e não me alongando muito pois o filme não merece – a Malévola torna-se simplesmente a protetora da jovem, e como se isto não bastasse, sua Fada Madrinha. 

Sim, isto mesmo. Malévola fada madrinha da Bela Adormecida! Dá pra engolir esta? 

Mas o pior não é isto (se é que poderia haver algo pior).

A cereja que faltava neste bolo podre e intragável é a “tão esperada cena do beijo do amor verdadeiro”.

Confesso que fiquei constrangido de olhar para a tela neste momento, pois é tudo muito vergonha alheia.

O que rola é que a bela jovem adormecida é despertada pelo beijo da, nada mais nada menos. Malévola !

O que (novamente)? Como?  Em que universo estamos? 

Só vendo para acreditar.

Depois desta sandice o filme apresenta outra de suas várias estupidez ao mostrar o “reimplante das asas”. 

Ora vejam só, as tais asas – que estão presas numa espécie de cristaleira num determinado aposento do castelo – ficam alucinadas ao pressentir que Malévola (da qual as tais asas foram extirpadas) está por perto e começam a se debater querendo reencontrar o corpo ao qual pertenciam. E é claro, num momento “épico”,  o tal reimplante ocorre e a fada do mal reencontra seu poder e parte para quebrar tudo. 

Mas daí tu te pergunta : por que as tais asas não voltaram voando para a dona quando, depois de seccionadas, foram levadas para o castelo e jogadas displicentemente na cama do rei moribundo? 

Ai meu saco.

Depois de mais esta pérola o filme, felizmente, ruma para o final, o qual acontece num “clima de felicidade” hediondo, tenebroso.

Um dois piores filmes que vi na vida.

Ridículo em todos os sentidos

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Não coloco o trailer pois ninguém merece

4 comments:

Luis Furquim said...

O filme é tão ruim que não se salva nem mesmo se se desconsiderar qualquer compromisso com a história original. Como pode ela ser tão poderosa a ponto de, sem esforço algum debelar grandes grupos de soldados sozinha, e depois estar completamente indefesa no castelo? Porque não transformou os soldados em ratinhos ou mesmo lesmas? Porque não os fez dormir? Ela fez estas magias várias vezes no filme com poucas palavras e um simples giro dedos...

Niara Palma said...

A Malévola original é irônica, debochada, vingativa. Gosta somente de seu também malvado corvo,que chama de "meu bem" na dublagem brasileira. Uma de suas frases antológicas aparece quando seus assistentes monstrinhos depois de 16 anos, epoca de ser cumprida a maldição,dizem que não encontraram a princesa recém nascida. Malévola se vira para o corvo e diz: "Você viu meu bem, durante 16 anos eles procuraram um bebê?!" E enxota todos aos berros de "Tolos! Imbecis.!!!!!" Como transformar uma vingativa obstinada como essa em uma fada-madrinha?

Jussara Palma said...

Eu pertenço a uma categoria de ser humano que é simplesmente apaixonada pelo universo dos contos infantis, especialmente pelas adpatações dos Estúdios Disney. Desde a minha mais tenra infância, agora já acima dos 50, me mantive ligada nas histórias, uma parte pelos meus filhos, outra pelo trabalho e, a mais importante, por mim. Já assisti várias versões dos contos das princesas, nunca tinha, até o momento,nunca tinha deixado de admirar como a criatividade cinematográfica podia alcançar. Mas agora com esta calamidade chamada "Malévola", não há como aceitar. Como minha irmã colocou no post acima, o toque de ironia e maldade da bruxa é que dá todo charme da história, e outra coisa que não consigo aceitar é a maneira como colocaram as fadinhas, três patetas. Como é que fadas não sabem que uma criança precisa ser alimentada. Bom vou ficar por aqui, porque é tanta besteira que não vale a pena continuar.

Jussara Palma said...

Desculpe o erro de digitação, repetindo "nunca tinha"