Espancado seguidamente pelo irmão mais velho, tão severamente que algumas vezes teve que ser socorrido na emergência de hospitais. Acontecimentos estes que eram relativizados por seu pai, pois, afinal, brigas “são coisas de garotos”.
Criado numa família católica repressiva, o que o levou a esconder de todos sua condição de gay, pois sabia que isto nunca seria aceito pelos parentes.
Alvo de bullying.
Casado duas vezes com mulheres que se revelaram terríveis violentadoras emocionais. Psiquiatras, diagnóstico de doença mental e medicamentos entraram na sua vida. Dois divórcios traumáticos.
Após conseguir construir um pequeno oásis de vida, envolveu-se com um homem abusivo, físico e emocionalmente. Corpo (literalmente) e espírito fraturados.
Traído pela irmã, que o denunciou “ser gay” para a família.
Duas tentativas de suicídio.
Enfim, este é um resumo da vida de Patrick Dati, contada no assustador livro autobiográfico “I am me”.
Conhecer sua trajetória é entrar num mundo de dor, sofrimento e solidão. Um mundo onde o preconceito, a intolerância, a exploração e a violência doméstica revelam seu poder de destruir uma vida, de esmagar alguém.
Felizmente Patrick sobreviveu para contar.
Muito bom
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