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Tuesday, April 26, 2011

Livro - Eu mato


A capa chama : “4 milhões de exemplares vendidos na Italia”.

Depois de acabar a leitura pensei : “4 milhões de idiotas compraram por lá (e eu no Brasil)”.

Fala sério.

Um thriller de serial killer que começa muito bem. Um louco – psicopata –ensandecido (sic) começa a matar o povo - na chiquérrima Monte Carlo - arranca a pele das caras dos defuntos e ... (deixa prá lá, prá não estragar as “surpresas”.)

Paralelamente, um DJ de sucesso começa a receber telefones do tal assassino, a policia européia e americana (um cara sequelado do FBI) se envolvem, um general linha-dura busca vingança, uns traficantes são presos nos EUA, aparece uma garota com um filho do pai (sim, incesto), etc, etc.

Começa a ficar uma coisa samba do crioulo doido. Mas até aí tudo bem.

O que começa a acabar (e acaba) com a trama é maneira banal, fácil, ridícula como as investigações e descobertas acontecem. A partir do momento em que um sortudo (nem tanto) detetive faz uma viagem para seguir uma pista (conseguida de uma maneira completamente inverossímel), encontra alegremente pela frente várias pessoas bem dispostas a relatar histórias escabrosas da vida alheia (fofoca pura), e, deste modo, permitir a descoberta de tudo sobre o vilão da maneira absolutamente mais fácil do mundo.

Mas a coisa fica muito pior. Depois da revelação de quem é o assassino, o livro avança para cenas constrangedoras que pretendem misturar sentimentalismo (da pior espécie envolvendo um garoto down), romance (garota sofrida em busca de protetor), ação ( uma mistura de Jack Bauer – Chuck Norris e Sherlock Holmes), redenção (tipo, mostra o “lado humano” do serial) e assim por diante.

Inacreditável.

Cotação : Uó total.

Nunca mais chego perto bobagens do tal de Giorgio Faletti.

3 comments:

Anonymous said...

Eu discordo. Por ser um livro que virará filme, podemos imaginar cena a cena, quadro a quadro da melhor maneira descrita. Creio que mostrar um lado "inocente" do assassino é uma forma de mostrar uma verdade, aquela que nem todos acreditam (ou querem acreditar): nenhum assassino nasce assassino. Existe uma sequencia de fatos da infância e família que faz com que sejam assim. Não os defendo, simplesmente os abomino na sua pior forma, porém temos que adimitir que toda causa tem uma razão. O começo do livro até o meio é bem monótono. Mas do meio pro final, surpreende qualquer um. Cada um tem um gosto e o direito de dizer o que acha, e simplesmente aqui deixo minha adimiração por não ter suspeitado por um segundo quem era o assassino, e por nada parecer óbvio...isso faz toda a diferença.

Anonymous said...

Eu também discordo. Achei o livro muito interessante, muito bem escrito, e uma trama bem original. Não me arrependo nem um pouco de ter lido.

Iuri said...

Legal, pessoal. Mesmo que tenhamos discordado, acho tri saudável a discussão. Voltem sempre. Thanks