Uma mistura pretensiosa que resulta em nada..
Foi o que pensei ao desistir da leitura do novo livro do Altair Martins, "Terra Avulsa"
De início confesso
que fiquei entusiasmado pela idéia central que acompanha as neuras de Pedro
um cara que, traumatizado por um assalto que sofreu, resolve
isolar-se num apartamento e ali inventar seu
próprio país.
Na sua insanidade, ou covardia, o tal rapaz cria um mundo imaginário, a chamada "terra avulsa" (adorei o termo), na qual “sai da casinha” totalmente.
Para não morrer de fome, o mancebo é “obrigado” a manter
contato com o mundo exterior, pois, afinal, precisa comer e pagar as contas.
Isto é resolvido através do seu trabalho para uma editora – ele é contratado para
traduzir a obra de um poeta nicaraguense -.
Acontece que uma garota, com pretensões de fotógrafa, e
funcionária da tal editora, concorda em ser sua conexão com o mundo lá fora
desde que o rapaz crie um poema para cada foto que ela lhe traga.
Ele,
encurralado de certa forma, concorda
Então vamos lá :
1)
Terra avulsa é um romance?
2)
Terra avulsa é um livro de fotografias?
3)
Terra avulsa é um livro de poemas?
Isto sem falar que rola uma outra “história paralela”, na
qual os protagonistas são os assaltantes que causaram o transtorno do ermitão.
Bem, confesso que acabei perdendo o bonde da proposta. - talvez na minha ignorância literária incapaz de alcançar sua magnitude -
De qualquer forma, penso até que a mistura “ de estilos” (ou seja lá o que
for), não seria o problema se a
prosa fosse sedutora.
No meu caso simplesmente achei um tédio, totalmente enfadonho.
Nem poesia, nem fotos, nem história. Tudo é
frouxo, deslinkado.
Larguei de mão.
Altair na sua "Terra Avulsa" |
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