Uma furiosa ego-trip.
Assim é este “Eu, Mamãe e
os Meninos ("Les garçons et Guillaume, à table!" 2013 ) “ escrito,
produzido, dirigido e Interpretado (em mais de um papel !!) pelo Frances
Guillaume Gallienne,
Não precisa dizer mais
nada, né?
Quem mais, a não ser uma criatura de ego godzilaco se
empenharia em somar tantas funções num longa milimetricamente construído para
celebrar seus múltiplos talentos?
Só que o Guillaume dá com os burros
n´água.
O filme não é nada. Na tentativa
de soar como uma comédia é ridículo, com poucas cenas engraçadas e outras
totalmente absurdas (A cena do clister é ... sem comentários... só vendo).
O legal é que a ideia é bem
original.
"Eu, mamãe e os
meninos" é um relato autobiográfico, baseado num monólogo tetral de sucesso na
França, sobre o acerto de contas de Guillame com sua mãe, que foi a responsável
por profundos conflitos de identidade sexual do filho.
Com dois irmãos mais velhos, Guillame desde cedo é tratado como “garota” pela genitora – ela faz uma diferenciação entre ele e os irmãos, deixando bem claro que ele não faz parte da categoria “meninos” - , o que o leva a desenvolver uma (torta) identidade gay.
Guillaume ama tudo do universo feminino, especialmente a mãe, e faz de tudo para agradá-la - inclusive parecer-se com ela. Chega mesmo a confundir sua avó (Françoise Fabian), que o o toma por sua própria filha em alguns momentos.
O pai (André Marton) não sabe como lidar com este filho “sui generis”, pois, ao invés do menino se dedicar a atividades viris (esportes, por exemplo), o boy faz mais a linha delicado e intelectual e, para “brincar”, traveste-se de Sissi, a imperatriz da Áustria. Veja só que fôfo.
É claro que, diante de todo este quadro cor de rosa, o povo todo acha Guillaume é biba, inclusive ele mesmo. Suas experiências (algumas involuntárias) e interesses (ele meio que se apaixona por um colega de escola) reforçam sua (pretensa) homossexualidade.
Só que a coisa não é bem assim e o jovem, depois de passar poucas e boas, acaba descobrindo o feminino como objeto concreto da sua sexualidade..
Neste sentido, o filme inverte a ideia mostrada em muitos outros que seguem a linha “gay que se descobre e sai do armário”. Aqui a coisa ocorre ao contrário, o que é muito legal.
Só que o filme é ruim, sem ritmo, sem graça, sem drama.
Aliás, a “cena pra chorar” (sim, aquela do teatro na qual Guillaume se declara à mãe) é primária, forçada, constrangedora.
Resumindo, não dá para entender como esta porcaria foi ganhador de vários César, o principal prêmio francês de cinema.
A nada engraçada cena do clister |
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