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Wednesday, June 11, 2014

Filme - "The Normal Heart"




Um filme histérico.

Só assim se pode descrever “TheNormal Heart”, o telefilme da HBO - dirigido por Ryan Murphy e escrito por Larry Kramer, baseado em sua própria peça teatral de 1985 -  com elenco multiestelar, que na sua proposta – enquanto “obra contudente” – pretende  mostrar (denunciar ?)  os efeitos sócio-político-culturais  ocorridos  durante o surgimento  da AIDS (início dos 80´s) nos Estados Unidos. 

Acontece  que o tema é punk por si só, e não merecia ser alvo deste “upgrade dramático” com muito close na cara do povo (o público tem que se desviar das lágrimas que jorram durante todo o filme), muito close nos efeitos da doença (fica evidente a fixação do diretor em preencher a tela com detalhes escabrosos da degeneração dos corpos),e  muita gritaria.

Sim, porque de tempos em tempos algum personagem  recebe a Regan e faz a  “tô loca” – tudo em nome da “verdade”, da “coragem”, da “franqueza”, da “honestidade” -   em cenas tipo assim, “me exorcisa JÁ !”.

A coisa é ridícula, com as criaturas alternando momentos íntimos, introspectivos, amorosos com outros completamente fora da casinha

Julia Roberts, como a doutora paraplégica  consciente e lutadora,  nos brinda com uma performance que vai da “angelical” ( onde rolam olhares “doces e afetuosos”  direcionados aos doentes )  à “tô ebulindo”  em cenas de berros , tipo assim, “minha TPM me domina!”.   Êta mulher surtada. Seu “discurso desabafo” diante dos homens da grana, perto do final do filme, é digno de uma  reclusão no hospício com direito a chave atirada no arroio.

Mark Ruffalo (o gostosão mor), num personagem “complexo e consciente” passa a maior parte  chorando e gritando. Tudo bem, deuso como ele é, até que se tenta dar um desconto. Mas só que não.  Mesmo com ele, a decisão não é engolir mas sim cuspir fora. Seu personagem é intragável  com cenas dignas de “carminha me bate!”. Uma coisa muito vergonha alheia.  Lamentável

Jonathan Groff ( a bixa Broadway   – e um dos motivos que me levaram a parar para ver esta josta )  morre nos cinco minutos iniciais. Só dá tempo da bee mostrar o corpão na praia, falar nem meia dúzia de palavras, e partir direto pro Nosso Lar com direito a cinzas atiradas ao mar. Que brochada !

Taylor Kitsch (o Gambit do X-Men), todo alourado, faz uma bee que não quer sair do armário, mas aceita ser presidente de uma espécie de ONG GAY. Como?  A poderosa  quer ser rainha mas não quer sentar no trono? Vá entender.

Matt Bomer ( o legítimo  Ken de carne e osso)  faz a bonita que se envolve com o Ruffalo ( ai meus saco, que inveja)  e que desenvolve a  AIDS. Realmente Matt se puxou (como se diz, “deu tudo de si”) pois sua tranformação física é aterradora.

Já Jim Parsom, o hilário Sheldon do Big Bang, faz uma bee discreta e tranquila  sempre pronta a dar apoio aos demais. O personagem é um dos raros a não dar piti.

De resto, não se salva nada neste quadro da dor.  

Então, infelizmente o que prometia ser  “um acontecimento” – devido aos talentos reunidos – na real revela-se um baita de um malogro, com tu te perguntando todo o tempo “What the fuck ?”

Uó total

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MOMENTOS EXPLÍCITOS DE DEGRADAÇÃO FÍSICA

 
 
 
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 MOMENTOS MARK RUFFALO CHORANDO



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 MOMENTOS JONATHAN GROFF
(NO MÁXIMO 10 MINUTOS DE FILME)




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Momentos GRITOS &  BAFÃO
(UM PEQUENO EXEMPLO)







 
  







 
 


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MOMENTOS FRASES DE EFEITO




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MOMENTOS JULIA ROBERTS "TÔ LÔCA"






 
 

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Momentos ROMANCE



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IMPRENSA



1 comment:

Érvi Garcia said...

Criticar um belíssimo trabalho cinematográfico com argumentações sem contundência, sensibilidade e falta de conhecimento sobre o tema é totalmente impertinente. The Normal Heart é um dos melhores trabalhos que abordam a temática gay da história do cinema, considerando que grandes clássicos como Philadelphia e BrokeBack Mountain, que são obras totalmente trágicas, mas que têm a pretensão de promover um pouco mais de aceitação. The Normal Heart vai além, mostra um contexto real, que por si só era dramático. Então eu te pergunto: Como não dramatizar uma história tão caótica? Como não comover as pessoas com uma verdade depressiva? Como não provocar indignação social em uma sociedade que ainda marginaliza a classe homossexual?
Pesquise um pouco mais, assista a documentários sérios, veja um pouco mais do histórico LGBT e reveja seus conceitos se The Normal Heart é ou não é um grande filme (assim como Milk é).