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Saturday, March 02, 2013

Diario de Viagem / Dia 20/02 (Madri)

Levantamos cedo e partimos para o City Tour na capital.

O trajeto é feito de ônibus e a pé.

Motorizados,  passamos por diversos locais (tudo muito rápido).

E a pé foram :

- Plaza del Oriente :

Local, onde se encontra o Palácio Real, com mais de dois mil quartos !! ... (mas não habitado pelos regentes); a  Estátua do Rei Felipe IV - a estátua mais famosa da Espanha (vídeo abaixo); as Estátuas dos Reis Espanhóis  (que possuem uma história bizarra em cima de um pesadelo da rainha Barbara de Braganza – mais tarde vou fazer um post a respeito - ), e muito mais.

- Plaza de Ramales :

Local da tumba (não localizada) do Diego Velasquez, e onde se pode ainda ver as ruínas da Igreja San Juanito (acredita-se que Velázquez tenha sido sepultado na igreja), sendo que escavações em 2000, revelaram a cripta da antiga igreja e os restos de várias pessoas enterradas há séculos atrás,

- Plaza del Toros de Las Ventas

Local da Arena Las Ventas, uma arena para touradas com capacidade de até 25 mil pessoas. Como sou totalmente contra touradas, rodeios e outras “diversões” do gênero, o local não me disse muita coisa.

- Mercado de San Miguel : uma espécie de paraíso gastronômico.

- Plaza de Santiago :

Local onde se encontra a Iglesia de Santiago, ponto de partida de muitos peregrinos do Caminho de São Tiago.

E finalmente a Plaza Mayor.

Vídeo com vistas do Tour de bus, abaixo :

Madri – Bus tour

Vídeo com Performers que encontramos andando pelas ruas.

Madri–Performers de rua

Vídeo sobre a Estátua do Felipe IV ( a mais famosa da Espanha)

Vídeo com um músico tocando “Garota de Ipanema”, na Plaza del Oriente

Depois do almoço fomos direto para o Triângulo das Artes, composto pelos o Museu do Prado, o Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia e o Museu Thyssen-Bornemisza..

É óbvio que numa tarde é impossível conhecer os três, então tivemos que tentar ver o que desse neste tempo exíguo.

Eu tinha quatro objetivos :

1) Ver “Guernica” (Picasso)

2 ) Ver “As Meninas” (Velasquez)

3) Ver “Saturno devorando seu filho” (Goya)

 

4) Ver “Três de Maio de 1808” (Goya)

Vamos lá :

No Reina Sofia encontramos uma mostra monstruosa sobre a Guerra Civil Espanhola onde,  obviamente, Guernica era a parte central.

Fui caminhando meio sem saber onde estava e de repente me vi frente a frente com o painel.

Caí em prantos. Fiquei completamete chapado, extasiado. 

Foi a realização de um sonho.

A força, o vigor das figuras, das cores (ou falta de), do traço, da simetria, do conjunto enfim revelando o inenarrável, a tragédia, o desespero e a dor de uma cidade bombardeada. 

É um absurdo.

Fiquei não sei quanto tempo diante desta obra prima da humanidade, completamente fora da casa, inteiramente abobado.

Ali não é permitido fotografar, mas o resto do museu sim (e assim fizemos).

Antes de seguir em frente (e a fim de aproveitar o tempo ao máximo), sentamos e mapeamos os artistas que queríamos ver.

Antonin Artaud, Francis Bacon (outro sonho meu), Georges Battaile, Salvador Dali, Marcel Duchamp, Max Ernst, Goya, Kandinsky, Le Corbusier, Lichtentein, Magritte, Picasso, Miró e outros.

Assim, fomos diretos para as salas onde estes estão expostos.

Algumas fotos abaixo :

    
   

Vídeo do Museu Reina Sofia abaixo

(ainda não postado)

Do Sofia partimos para o Prado.

O que aconteceu na nossa entrada num dos museus mais famosos do mundo foi algo absolutamente bizarro, absurdo, surreal e nonsense.

Uma situação entre eu e o Lu para a qual nem os seguranças estavam preparados. 

Não vou entrar em detalhes, mas, só para ter uma idéia, fui admitido no museu sem passar pelo scanner ou por qualquer tipo de revista.

O segurança até abriu a cordinha da fila para eu passar a frente de todos ao ver meu estado de pânico.

Fiquei em choque durante alguns bons minutos, mas a coisa acabou se resolvendo de modo absolutamente inesperada e trivial ( que ódio !!).

Bem, tudo esclarecido e já mais calmo, partimos para a visita.

O Lu comprou uma visita com áudio, direcionada para as obras mais importantes do museu.

E lá fomos nós.

Falar sobre o Prado é até ridículo.  Só estando lá para ver e crer.

Sonhos realizados :

“As Meninas”, e “Três de Maio de 1808”

Fora da exposição no dia da nossa visita :

“Saturno devorando seu filho”, do Goya.

Maravilhas vistas de perto (muito poucas  pois não dá pra postar todas, of course):

Caravaggio - David e Golias

Bosch – Jardim das Delícias Terrenas

Francisco Pradilla – Juana la Loca

  Rubens – Saturno devorando a un hijo

Rubens – La Via Lactea

Velasquez – O triunfo de Baco

e muitas outras…

Por causa da correria, acabei perdendo uma que me é muito especial :

“O cão”, do Goya.

… mas eu vou voltar com mais tempo e calma….

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Dentro do quadro da pressa, não deu tempo de ir ao Thyssen (apesar de estar com o ingresso na mão)

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Voltamos para o hotel, relaxamos e voltamos ao tal “local privado” da noite anterior. 

O local tava bem mais punk e pudemos curtir legal.

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Na volta, no metrô,  fiquei folheando um jornal que ganhamos, chamado Shangay Express.

Me caiu os butiá quando me deparei com uma reportagem com a  Toni Bentley, autora de “A Entrega”, livro onde ela narra como o sexo anal a aproximou de Deus.

Veja abaixo

Eu já tinha postado um comentário sobre o livro (clique aqui para ler) e jamais iria imaginar que o mesmo se transformaria numa peça de teatro.

A atriz Isabelle Stoffel foi muito corajosa ao adaptar e  montar este texto.

Pois foi o que aconteceu.

Para saber maiores detalhes, clique aqui para ler a reportagem completa no site do Shangay.

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