Não me entusiasmei.
Dei um tempo (alguns meses) e retomei.
Gostei.
Gostei principalmente do tom nada melodramático da trama (que por si só já é uma tragédia), da postura dos personagens (que nunca se entregam à autocomiseração), do motivação da ação (literatura - o que deve ser louvado), da relevância das novas tecnologias e suas reflexos (games, internet, email, redes sociais), da linguagem “simples” e “juvenil” ( mas nem tanto, como podem alguns preconceituosos supor).
A história é contada a partir do olhar da Hazel, uma garota de 16 anos condenada pelo câncer, e seu envolvimento com Gus (um garoto que ela conhece no grupo de apoio aos portadores de câncer) e mais uns poucos personagens (família, um escritor, um amigo, uma amiga meio perua).
Neste núcleo, afastado da sociedade dita “normal” (e sim voltado para a impermanência, finitude e morte próxima ) não há grandes cenas de conflito, não há grandes dramas, não há choradeira e desespero.
Todos que estão envolvidos na tragédia mantêm-se -aparentemente - positivos (se é que alguém pode isto) diante do cenário.
E as relações se sustentam - estoicamente - na dor, no sofrimento, no apoio, no viver bem ao máximo, no realizar desejos e sonhos imediatos.
É louvável o talento de John Green, que borda uma trama “simples” porém universal : vida e morte.
“Simples” ?
Impossível ficar indiferente.
No comments:
Post a Comment