Amnesia: The JAMES BRIGHTON ENIGMA (Amnésie: L'Enigme James Brighton ) é um filme canadense (2005) independente, baseada em fatos reais (dizem), mas com alterações de nomes e lugares reais.
Já no título somos instigados pelas duas palavras : amnésia e enigma. Sim, pois mesmo que o protagonista, a partir de determinado momento, “se lembre de tudo”, isto não é suficiente para elucidar “seu enigma”.
A história é uma versão de um fato que teria ocorrido em 1998 : um jovem nu e ferido é encontrado em um terreno abandonado em Montréal. Levado para um hospital, descobre-se que ele sofre de amnésia total (sua única “recordação” é saber ser gay).
Sob tratamento, ele tem flashes sobre seu passado, incluindo lembrar seu nome, James Brighton (Dusan Dukic) , que não são suficientes para que ele recupere integralmente a memória.
James então é adotado – depois de aparecer num programa de televisão - por um professor de linguística, Felix (Norman Helms), membro de uma ong GAY - que o leva para morar consigo. Felix o introduz na comunidade gay de Montreal, na qual ele se torna uma espécie de queridinho devido a sua história triste e aparência frágil.
Porém nem todos compram o drama do rapaz e suspeitas sobre a veracidade do seu drama começam a surgir.
Desmentindo esta possibilidade, James topa ser entrevistado por diversos programas de televisão, na ânsia de ser reconhecido por alguém (família, amigos) e assim traçar seu caminho de retorno ao lar. No entanto as piores suspeitas sobre sua personalidade parecem se confirmar, quando sua história aparece num programa sensacionalista dos EUA e ele é então reconhecido como Matthew Honeycutt, um americano acusado de alguns delitos leves.
Com esta revelação, ninguém mais tem certeza se ele é real ou se é apenas um fingido.
Sua mãe o busca no Canadá e o traz para casa nos EUA, onde ele continua a afirmar não reconhecer nem a cidade nem os parentes, ambos mergulhados na cultura religiosa pentecostal local. O único ser vivo do qual se lembra é o cachorro da família (vejam só, que ironia).
Aos poucos ele vai se enquadrando, porém o aumento dos pesadelos e dos angustiantes flashbacks revelam gradativamente um passado de problemas psiquiátricos, agravados por uma repressora comunidade religiosa (seu irmão é um pastor evangélico), que resultou em (provavelmente) colapso nervoso, delinquência, fuga -um interlúdio amoroso -, e violência homofóbica.
Confrontado com este cenário caótico, o rapaz parece finalmente encontrar um caminho – doloroso é verdade - para esclarecer tudo e finalmente saber quem é
Mas será que é isto o que ele quer? Será que o que ele se lembra é verdade? Será que ele continua a fingir?
Será...?
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No fim das contas “Amnesia...” é um filme irregular, com um roteiro capenga com algumas subtramas paralelas que não são explicadas de forma satisfatória.
Mas nem tudo está perdido e o filme tem seu valor. Porém só vale ver se não se esperar muito.
Mas se não ver, não se perde nada.
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