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Saturday, April 13, 2013

Filme–O Vôo

flight_ver2Com “O Vôo” , Denzel Washington chegou ao fundo do poço.

Depois de cometer três calamidades seguidas (“O seqüestro do Metrô 123” – onde uma das estratégias de fuga do vilão era pegar um táxi em plena Manhatan –“O livro de Ely” – uma bobagem inenarrável pós apocalíptica e “Incontrolável” – um filme tipo “sem comentários” sobre um trem desgovernado – Não vi o tal de “Protegendo o Inimigo”), ele agora nos agride com este monumento à imbecilidade do espectador chamado “O Vôo”.

O filme até que começa bem – e muito bem – num tom adulto, com cenas de nudez e consumo de drogas.

Seu personagem, o piloto Whip Whitaker, é um viciado, divorciado, distante da ex e do filho, comedor de uma comissária também louca e gostosa, que precisa estar tri aditivado para exercer suas tarefas profissionais (cocaína, nicotina e álcool).

Fica claro que o rapaz torna-se altamente egocêntrico e confiante com a cabeça tomada pelas substâncias do mal.

Nesta condição, ele acaba realizando um belíssimo pouso de emergência do qual sai tipo um herói.

Só que no levantamento das causas do tal acidente, a coisa começa a complicar quando a linha da investigação toma o caminho de apurar a responsabilidade pessoal do piloto. E aí os podres do herói começam a aparecer

O interessante – e o que mantém o interesse no desenrolar da trama - é que o personagem mantém a coerência do seu comportamento ( recusando os toques, conselhos e avisos daqueles que o cercam para agir assim ou assado e não se afundar cada vez mais na merda da situação), encontrando seu apoio, conforto e “respostas” apenas nas drogas.flight  movie

Mas como “O vôo” é um filme regulado pela cartilha mais formatada do “Padrão Oscar”, o tal do Whip Whitaker, num momento de absoluta iluminação causada pela cocaína, tem uma epifania dentro de um elevador , onde ele vê uma garotinha (que certamente representa alguma coisa relacionada com “inocência” ou “pureza”, sei lá), e subitamente, converte-se numa pessoa do bem, e assim encontra sua redenção.

Ora,bolas. Nada contra a pessoa encontrar Jesus , arrepender-se dos seus pecados e começar a trilhar o caminho da salvação.

O problema aqui é que isto acontece sem coerência alguma, tipo algo atirado no fim da trama para aliviar o espírito dos espectadores.

O discurso final, já dentro da prisão, é piegas e altamente constrangedor.

Fiquei com ânsias.

Denzel, no more.

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Trailer do filme ( Assista por sua conta e risco)

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