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Wednesday, January 18, 2006

Perguntas Bizarras

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Perguntas :

É verdade que o aborto diminui a criminalidade?

É verdade que existem nomes para crianças negras e nomes para crianças brancas?.. e que estes nomes são objetos de discriminação tanto por parte dos negros quanto dos brancos?

É verdade que existem nomes para crianças pobres e nomes para crianças ricas?.. e que os pobres copiam os nomes dos ricos?

É verdade que os corretores de imóveis vendem melhor suas próprias casas do que a casas dos clientes?

É verdade que os professores alteram as respostas dos alunos para receber o mérito de um bom ensino?

O que é mais perigoso ter em casa : uma arma ou uma piscina?

Devemos sempre confiar nos especialistas das áreas de conhecimento?

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Estas perguntas (e muitas outras) são efetuadas, analisadas e respondidas no best-seller Freakonomics, de Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner, um livro de economia muito diferente do que se conhece nesta área.

Através de questões imaginativas, onde os objetos analisados são colocados sob novas perspectivas, a obra explora diversas áreas da economia social gerando idéias provocantes, muitas vezes invertendo o que se denonima "senso comum" ou “sabedoria convencional”.

Sem tendencionismo, baseados apenas em diversas fontes de dados analisadas sob rigorosos critérios, os autores, através de uma linguagem acessivel aos leigos, instigam a mente dos leitores com idéias originais e um tanto bizarras. Neste sentido é impossível não se chocar com a conclusão crua de que a legalização do aborto nos EUA, na década de 70, foi responsável pelo decréscimo dos índices de criminalidade observada, mas não muito bem explicada até Freakonomics ser publicado, na década de 90. O fato é que os abortos realizados por mães pobres, sem educação ou sem condições psicológicas de criar filhos, diminuíram drasticamente o número de crianças com potencial tendência à criminalidade na sociedade americana.

Por outro lado é triste constatar como a opinião pública pode ser manipulada através de afirmações sem consistência dos especialistas que lançam frases de efeito para causar terror na população ou obter benefícios. Neste aspecto é levantada, por exemplo, a seguinte questão : num discurso onde o medo seja o motivador, é mais fácil para os políticos obterem verbas para combater ameaças de ataques terroristas ou para uma campanha de prevenção de doenças cardíacas?.. a resposta é óbvia, né?...mesmo com a comprovação de que o coração mata muito mais do que os virtuais terroristas.

Dentro desta linha de análise, na sua simplicidade, Freakonomics traz um rojão de novos conceitos com potencial efetivo de mudar nossa nossa maneira de ver as coisas. O texto é fascinante e motivador.

No fim de tudo os autores nos recomendam a não acreditar em tudo o que se oferece como verdade absoluta e também nos instigam a usar nossa capacidade intelectual imaginativa no sentido de questionarmos os juízos estabelecidos e assim gerarmos novos conhecimentos e conceitos.

Urgente, atual e polêmico, Freakonomics merece o destaque que tem obtido.

4 comments:

greentea said...

está na minha área - gosto deste tipo de questões e acho fundamental tentar percebê-las.
Vê o post q puz hoje sobre Neurolearning
Bjs

Anonymous said...

Oi, ratão Iuri
Eu terminei de ler Freakonomics há pouco, e gostei muito. O autor é extremamente perspicaz. Provavelmente vai sair um segundo livro dele, a respeito do assunto.
Um abração da ratinha Têmis.

Unknown said...

Bem interessante... penso que se deveria ter mais livros assim, pois ao que me parece é como se ele fizesse um mapeamento social, de forma bem habilidosa!

Tatiana said...

Olá
Fiquei até envergonhada de você ir ao meu blog no dia que eu deixei um texto tão tosco. Vim aqui e você tinha escrito sobre assunto bem mais substancioso!
Vou pulr pro texto de baixo e continuar vasculhando.
Inté