Tudo
jogado na cara de um país onde existem famlias que dependem de
programa de bolsa-auxílio para comer.
O autor desta façanha
é o empresário Alexander Augusto de Almeida, de 39
anos, que, numa inspiração bíblica, definiu os
“Dez Mandamentos do Rei do Camarote”. Ou seja, quais são
as regras para “brilhar” na noite (e ser feliz).
Numa mistura patética
de megalomania, exposição e asnice, Alexander lista “o
que as pessoas devem fazer para ser invejadas”, como se isto fosse
um bom sentimento para ser alvo.
É claro que se entende que ele vive numa sociedade onde a aparência, a vitrine, o superficial e o vazio é sinônimo de felicidade. Nesta – como todo mundo já sabe -, o que importa não é quem você é, e sim o que você tem.
É claro que se entende que ele vive numa sociedade onde a aparência, a vitrine, o superficial e o vazio é sinônimo de felicidade. Nesta – como todo mundo já sabe -, o que importa não é quem você é, e sim o que você tem.
Então, meu
lindo, dá-lhe frustração por você (que é pobre) não ter os objetos - de grife- dos seus
sonhos.
Sim, lhe falta tudo aquilo que faz você cobiçar
a situação, o status de quem pode tê-los.
Então
você -totalmente frustrado – mira com olhos desesperançados
todo o luxo e riqueza do outro (cuspida na sua cara) e, ao invés
de se indignar com tamanha pavonice, lamenta : "nunca
vou ter a vida glamorosa deste cara”, “nunca vou ter este
carrão”, “nunca vou ter esta mulherada", “nunca vou
ser o “Rei do Camarote””, “nunca vou ser tão ....
f-e-l-i-z...”
Que merda, hem, meu
filho?
Veja que, de acordo com os mandamentos do Rei, seu barzinho
com amigos, suas reuniões com a família, seu passeios,
seu esporte, seu lazer, seu hobby, seus filhos – e tudo mais que
o diverte, o emociona e lhe dá prazer– não vale nada se você não
estiver montado em grifes, se você não for dono de
possantes carrões, se não tiver mulheres gostosas a
seu pés, se não tiver serviçais ao alcance das
suas gordas gorjetas, se você não tiver um cortejo de amigos o seguindo como cachorrinhos.
O que você tem é
lixo, o que você usufrui não vale nada.
O que realmente “vale
para você valer alguma coisa” (sic) é a mise-en-cene,
a aparência, a pirotecnia, o estardalhaço proporcionados
pela grana.
Resumido, seu
pobre, o que vale, o que importa para você “ser alguém”
é quanta inveja, despeito e insônia que você
provoca nos outros.
Portanto, vá
tratar de endividar-se e ser feliz.
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Links :
Revista Veja : O Rei do Camarote : a dura vida após a fama
Revista Forbes : Se houvesse um manual para ser idiota, ele seria um expert no tema
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Vídeos :
Vídeo Original :
O Rei do Camarote
Video versão Laz
Bibaz from Vizcaya : Beesha pobre que quer causar (dar close) na balada
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