“Uma noite na lua”, de João Falcão, mostra a angústia de um autor ante a
pressão de encontrar inspiração para escrever uma peça e a saudade de um amor
perdido.
Estes dois temas mesclam-se constantemente montando um cenário de
confuso e melancólico sobre a situação do protagonista.
A peça começa devagar,
até meio enjoativa e repetitiva, mas cresce em por conta de um texto
verborrágico que alterna momentos de maior ou menor força.
Gregorio Duvivier brilha numa atuação rica, precisa.
Com notável
expressão oral e corporal – sem excesso algum – transmite a aflição do
protagonista de forma articulada e sólida.
Na verdade toda sua movimentação
parece um balé ensaiado nos mínimos detalhes.
Me incomodou um tanto o tom, diria clown de certas passagens.
Tambem o discurso “eu sou bom, sensível e
abandonado”, me leva a pensar em “auto-comiseração de palco”.
Não me convence
muito.
Mas no geral a peça vale.
Gregorio Duvivier |
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