SHAME
Michael Fassbender (sem comentários, um super ator), faz
um publicitário – Brandon - que “sofre” de uma compulsão por sexo. Prostitutas,
masturbação no ambiente de trabalho, pornografia na internet, pegar mulher na
rua para uma trepada rápida, nada o sacia – e nem o satisfaz.
O sexo é sua fuga, sua droga. Brandon é dominado pelo caralho – tanto que logo no inicio do filme o close é no pau do moço e não na sua cara - e administra seu universo (casa, trabalho, relações sociais e profissionais, etc) de forma a sustentar / saciar seus instintos.
O sexo é sua fuga, sua droga. Brandon é dominado pelo caralho – tanto que logo no inicio do filme o close é no pau do moço e não na sua cara - e administra seu universo (casa, trabalho, relações sociais e profissionais, etc) de forma a sustentar / saciar seus instintos.
Só que este mundinho
habilmente equilibrado entra em caos com a chegada / invasão da sua irmã
problemática Sissy (Carey Mulligan, numa performance demolidora). Sem
explicar muito as motivações - o que só engrandece o filme – Brandon e
Sissy revelam um relacionamento repleto de raiva, ressentimento,
encontros, diferenças, dor, entendimento e amor.
A coisa acaba embolando o meio de campo do rapaz e as conseqüências são .... trágicas ?
A coisa acaba embolando o meio de campo do rapaz e as conseqüências são .... trágicas ?
Repetindo : Filmaço !
PATTON - Rebelde ou
Herói ?
Filme de 1970, na escola dos
velhos épicos que não se fazem mais. Com quase 3 horas de duração, Patton
, conta, obviamente, a história do general George S. Patton (vivido por
George C. Scott) e suas peripécias no comando de tropas americanas na segunda
guerra mundial.
Patton é um “maluco” que
acredita ser o fruto da reencarnação de vários guerreiros do passado e que
agora tem a missão de liderar o melhor exército, na melhor guerra, da forma
mais brilhante, intrépida e corajosa, e assim alcançar a glória e consagração a
ele destinadas pelos deuses.
E ele realmente viaja na
história. Atolado na vaidade, acredita ser “ o escolhido” o que o faz ignorar
conselhos, recomendações e até ordens para conseguir seus intentos. Isto sem
falar na sua boca grande que o leva às mais infelizes declarações – por
conta de seus preconceitos - gerando perigosos incidentes diplomáticos -
, e também de suas atitudes “duras” e “disciplinadoras” com aqueles que ele
julga “fracos” e “covardes” – o que também
acaba lhe trazendo grandes aborrecimentos.
É claro que tudo isto resulta, dentro da sua
visão, em perseguição à sua figura e ele não entende porque o comando militar o
tira de cena várias vezes. Afinal ele é
um abençoado dos deuses, está acima do bem e do mal, e suas ações são sempre
motivadas dentro das melhores intenções, digamos, “guerreiras” .
O filme é grandioso e vale a
pena ser descoberto, mesmo com sua duração excessiva.
Curiosidades : George C. Scott
foi consagrado com o Oscar de melhor ator por este filme. George simplesmente
recusou a estatueta dizendo que os prêmios da academia eram um “concurso de
carnes”.
GONE – 12 HORAS
Escrito e dirigido pelo
brasileiro Heitor Dhalia – em sua estréia em Hollywood - Gone narra o
sufoco
da jovem estudante Jill Parrish (Amanda Seyfried – muito boa ) que ao
voltar para casa, depois de uma noite de trabalho, encontra vazia a cama da sua
irmã Molly. Depois de tentar contactá-la, Jill conclui que Molly foi
raptada pelo mesmo serial killer que a raptou dois anos antes e que agora teria
voltado para concluir o serviço – já que ela teria sido a a única vítima que
conseguiu escapar.
Acontece que Jill nunca conseguiu comprovar sua história –
alem de ter passado por internações em clínicas para malucos – e, assim, a
policia não acredita em nada do que ela fala. Desesperada – porem determinada –
Jill parte para salvar sua irmã de qualquer maneira.
Bem, mesmo com alguns furos no
roteiro, o filme é legal e prende a atenção. Nada demais, mas vale como
um bom programa para quem gosta do estilo.
POLISSE
Da atriz, diretora e
roteirista Maiwenn (que atua como atriz, diretora e roteirista neste filme),
Polisse mostra a rotina da Brigada de Proteção
ao Menor, em Paris.
Acompanhamos
o dia a dia dos policiais no enfrentamento com pedófilos, pais negligentes,
trombadinhas, e toda a sorte de crimes e abusos envolvendo menores. Além disto
somos convidados a participar das vidas particulares dos integrantes do
esquadrão e acabamos testemunhando seus dramas, romances, vícios, doenças,
desvios, carências, alegrias, tristezas, etc.
Com
mas de duas horas de duração (que parecem intermináveis), Polissei naufraga na
sua pretensão.
Nas
cenas em que o grupo de policial aparece “exercendo a profissão” é gritante o
absurdo e a incompetência que demonstram em tratar determinados casos (tipo
interrogarem os acusados de forma coletiva, interrogarem crianças em
publico, isto sem falar na pior cena
quando eles simplesmente caem na gargalhada na frente de uma garota que disse ter
sido obrigada a chupar uma turma de meninos para reaver seu
celular ).
Nas
cenas das suas vidas particulares, o que fica claro é a intenção da roteirista-diretora
em mostrar que aquele grupo é “humano”, com seus méritos, falhas ,
idiossincrasias, etc. OK, bem pensado. Mas precisava tanta verborragia, tanta
tagarelice, tanta cena “de grito” , tanta cena de “conflito”, alternadas com
tantas cenas “românticas”, sem levar a lugar algum?
Achei
um pé no saco.
DRIVE
Sobre este filme não tenho muito o que
falar.
Drive vem na linha de explorar o
personagem do herói (não sei se seria bem esta a palavra - aqui vivido de forma perfeita por Ryan Gosling) com um passado obscuro, que surge do nada e se estabelece numa
comunidade, que demonstra oscilações de atos monstruosos (algumas cenas de
assassinato são, digamos, “especialmente iradas”) a amorosos (a relação com a
mãe e filho vizinhos são “lindas”, numa espécie de tentativa de resgate ou
construção familiar). É o herói calado, solitário, triste, destemido,
justiceiro, amigo, fiel, assassino, frio,
impiedoso, que voluntariamente se envolve numa trama perigosa com o
intuito de acertar e ajudar àqueles que ele ama (ou acha que ?). Ou seja, aquele cara (ou criatura) sem chefe – dono do seu destino - que concentra todos os elementos de um
personagem “cool”, marginal, outsider que
de alguma forma sempre acaba mexendo com nosso imaginário, sendo praticamente impossível não torcer por ele,
apesar de nos assustar.
O elenco é fenomenal e todos os
personagens muito bem construídos. Filmaço !!
Povão do filme : Ryan Gosling (fantastico), Albert Brooks (de
volta num papel de super marfioso), Carey Mulligan (mais uma vez provando que é
10 !), Ron Perlman (este cara é literalmente uma “figura”), Oscar Isaac
(perfeito, “feio”, quase irreconhecível),
Bryan Cranston (em um personagem triste, belamente construído), Christina
Hendricks (numa “roupa de assaltante” inacreditável)
BABYCALL
Me propus a assistir por causa da Noomi Rapace, a deusa que fez a
Lisbeth Salander na trilogia Millenium Sueca.
Descrição
retirada do Terra :
“Em
Babycall, Rapace dá vida a Anna, uma mãe que protege seu filho de um
relacionamento complicado com o ex. Para tanto, ela faz uso de um monitor de
áudio - que dá o título do filme, "babycall" - para se assegurar que
tudo está certo com o pequeno Anders.
Tudo
se complica quando Anna ouve barulhos estranhos, que se assemelham a um
assassinato, e um amigo misterioso do garoto passa a visitá-los com freqüência”
Bem,
comecei a assistir na boa, mas, depois de um certo tempo, só consegui ir
adiante no “modo acelerado” e pulando várias cenas.
Babycall pretende ser uma viagem dentro da
loucura, da paranóia da protagonista e para isto, somos desafiados a discernir
o que é real e o que é imaginado dentro das suas visões e experiências.
Até ai tudo bem, o problema é que todos os
personagens deste filme são absolutamente ridículos, mal construídos e
incapazes de despertar qualquer simpatia ou empatia.
E
quando a loucura geral vai se instalando, fica óbvio no que tudo vai dar
(sempre a solução mais óbvia criada por roteiristas sem imaginação) .
Chato, óbvio e ridículo.
HAYWIRE – À TODA PROVA
Não agüentei e larguei acho que na metade. Com um elenco que inclui nada mais, nada menos do que Ewan Mcgregor, Michael Douglas, Antonio Banderas, Channing Tatum e Michael Fassbender, fazendo pano de fundo para a estréia da lutadora de MMA Gina Carano no cinema, Haywire é ... sobre o que mesmo ? ... Alguém entendeu bem a história ? ... Alguem conseguiu ficar acordado e ligado na trama ? ...
Para mim o Steven Soderbergh (diretor bons filmes como Traffic) se perdeu feio nesta joça.
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