Clube das Gordas (Fat Girls), escrito, dirigido e protagonizado (êta ego-trip) por Ash Christian, é uma produção independente de baixíssimo orçamento (chega a dar dó de tão pobrinha), que mostra as desventuras de uma jovem bibinha com a família, escola, namorados e outros dramas da vida real.
Pretendendo realizar uma comédia “alternativa com toques de humanidade’, o autor vai enumerando os clichês : a bibinha gorda que quer ser estrela da Broadway, a melhor amiga também gorda que é filha de um casal lésbico, a mãe evangélica que faz “hamburgers sagrados”, o pai bagaço que morre nos braços de uma anã dominatrix, o garoto bonito que é alvo das paixões do protagonista, o professor que dubla divas em boates gays, o hispânico adotado por família afro-americana totalmente sem preconceito, e por aí afora.
O problema do filme é querer juntar muito tempero na sopa, sendo que o resultado parece mais um ralo caldo morno Knorr. Tudo é desconexo. A história abre muita frentes, sendo que nenhuma delas vai pra frente (sic). Parece que o Ash estava preocupado demais em dizer “olha como eu posso ser genial e original”, e se esqueceu de amarrar bem um roteiro. Claro que as coisas não precisam ser totalmente finalizadas, mas porque então lançar várias possibilidades de tramas e depois deixá-las cair no vazio ?
Na verdade a mensagem que o roteirista quer passar é “Todo mundo tem uma garota gorda dentro de si”. Isto significa que aquela sensação que temos de não nos encaixar em alguma coisa, a sensação de “ser diferente”, de se ver desassociado, meio fora da casa ., é representada pela gordinha interior.
A idéia é simpática, mas o filme é ruim.
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