Kim Ja-hong é um bombeiro sul coreano que morre em um ato heroico no cumprimento do dever.
Assim que desencarna, sua alma é recebida no além por três guardiões (Hewonmak, Deok-choon e Kangrim) que têm a incumbência de leva-lo através de 7 reinos para que seja julgado pelos seus atos em vida.
Cada um dos reinos – com seu respectivo inferno - é associado a uma ação negativa.
Assim, ele terá que passar pelo julgamento dos atos de Traição, Violência, Impiedade Filial, Assassinato, Indolência, Trapaça e Injustiça.

Porém, se for condenado em qualquer um dos reinos, ficará preso no inferno respectivo até expiar sua culpa (o que pode ser para sempre).
No entanto, o que diferencia Kim das outras almas é que ele -por seus méritos de vida - é um “Modelo Ideal”.
Se alguém nesta condição for totalmente inocentado possibilitará que os guardiões também reencarnem.
Assim, é de interesse de Hewonmak, Deok-choon e Kangrim que Kim Ja-hong ultrapasse todos os reinos, e, desta forma, permitir que todos sejam beneficiados.

É como se diz : de boa intenção o inferno está cheio.
É aí então que os guardiões têm de usar toda sua astúcia para defender Kim diante de cada um dos sete reis.
Para complicar a situação, o trajeto de Kim no reino espiritual é perturbado pela ação de um espírito vingativo - que seria a alma de um parente agindo para destruir algum encarnado.
Deste modo, mesmo Kim não tendo nada a ver com o peixe. os guardiões têm que, além de acompanha-lo nos sete reinos, também descobrir qual é o espírito parental revoltado e, assim, também, de certa forma, resgatá-lo.

A partir deste momento o filme alterna a ação em dois planos : na Terra com o guardião Kangrim acompanhando os destinos da mãe e do irmão de Kim (de nome Kim Su-hong) -um dos dois (ou outro parente) poderia ter se tornado o espírito vingativo- , e, no mundo espiritual, com Hewonmak e Deok-choon lutando pela absolvição do ex-bombeiro nos próximos reinos.
Confesso que, quando isto acontece, fica meio complicado acompanhar a trama.
É bizarro para nós ocidentais sabermos quem é quem na profusão de personagens asiáticos (todos com a mesma cara e com nomes tipo Kim Ja-hong, Kim Su-hong, Won Dong-yeon, Deok-choon, etc).
Mas, passado este estranhamento inicial, e depois que a trama é esclarecida, fica fácil ir adiante.

E vale muito a pena.
O filme segue revelando camadas insuspeitas que chocam e desestruturam o que pensávamos já certo a respeito dos personagens.
Tu fica tipo : que porra é esta? Como assim?
Mas, no fim das contas, o que fica claro é que eles são “apenas” humanos que, diante de determinadas circunstâncias, tomaram atitudes que, dependendo do ponto de vista, seriam “condenáveis”.
Demais.
O final apoteótico é daqueles “feito pra chorar”. E chorar muiiitoooo (quase uma catarse) ....
Sei, sei....é piegas pra caralho, mas não pude resistir. Me vi lavado em lágrimas (de soluçar). Ainda bem que estava sozinho.
Gostei de verdade.
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Complementando :
Baseado numa WebToons, Along With The Gods - The Two Worlds é segunda maior bilheteria da história da Coréia (isto em Fevereiro de 2018).
Muito merecido.
E o que é legal é que, após o “fim”, rola um extra com uma cena com Dong-seok Ma – o “Stallone da Coreia” e co-astro do Invasão Zumbi – dando uma palhinha na sequência prometida para Agosto de 2018.
Oba !






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