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Friday, March 22, 2013

Morrer em Times Square – Carlos & Renato / O Crime que chocou Portugal

 

“ Nova Iorque, 7 de Janeiro de 2011.

O funcionário do luxuoso Hotel Intercontinental, em Times Square, avança pelo corredor do 34.° andar com uma deli­cada missão: entrar num quarto sem autorização dos hóspedes. Desde 29 de Dezembro último que aquele quarto era ocupado por dois homens portugueses.

Na hotelaria não há nada que escape ao pessoal. As exaltadas discussões que os dois vinham tendo nos últimos dias eram já conhecidas dos funcionários. E assim ficariam, encerradas na discrição que o segredo profisional exige, não fosse a veemência do alerta dado por duas por­tuguesas no hall, minutos antes. Uma frase dita por um dos hóspedes do hotel, "o Carlos já não sai do quarto", alarmou-as. A expressividade e o pânico revelados pelas duas havia criado tais dúvidas, que a direcção do hotel decidira mandar verificar o quarto.

Um dos hóspedes do quarto saíra minutos antes, mas do outro nada se sabia há muitas horas. Na porta do 3416, o funcionário verifica que a placa do "Do Not Disturb" (Não Inco­mode) está visível. Bate.

Na ausência de resposta, avançou de acordo com as ordens que tinha. Empunhou a chave mestra e abriu o quarto.

Ainda a porta vai no quarto de volta que permite acesso ao quarto e já o homem está confrontado com um quadro macabro, digno da mais elaborada cena de um filme. No chão do desordenado quarto, jaz um homem nu, inanimado, numa poça de sangue. Aparenta mais de 60 anos e tem a cabeça e o corpo muito maltratados. A cara desfeita, o olho esquerdo des­figurado, a boca distorcida e na cabeça diversas lesões, algumas tão profundas que são visíveis através dos cabelos brancos da vítima. Um choque, mesmo para quem já viu tudo... A vítima tem os genitais mutilados e apartados. O sangue sobra nos diversos objectos espalhados no quarto, sem ordem. O compu­tador e outros objectos estão sujos e amolgados. Há vidros par­tidos, também com manchas de sangue.

O caos está ali plantado de tal forma que não é preciso ser polícia para perceber que houve um crime. Grave. São 19hl8. O funcionário recua e já não deixa as portuguesas aproximarem- -se sequer da porta do 3416. Entra em vigor o rigoroso proto­colo de segurança. O acesso ao 34.° andar fica condicionado. No quarto 3416, jaz, assassinado, o cronista do social Carlos Castro“

Assim inicia o livro “Morrer em Times Square”, do jornalista português Hernani Carvalho (uma espécie de mistura de Ratinho e CSI) que conta (e analisa) , de modo bem sensacionalista – mas meio travestido de “sério” / “científico” – o crime que chocou Portugal em 2011, quando Renato Seabra (um jovem advindo de um reality show fashion da Tv Portuguesa), assassinou – de modo absolutamente brutal – Carlos Castro, o maior colunista social do país.

Conheci esta história na Internet ano passado por acaso e fiquei sabendo do livro do Hernani.

E agora, na minha visita a Portugal, acabei comprando o livro em Lisboa – bem ciente de que a coisa toda vinha numa pegada bem imprensa marrom ( o que confirmei ao ler a obra ).

Mas como era isso mesmo o que eu queria, posso dizer que o livro cumpre bem seu papel meio “mundo cão”

Obs : os excertos aqui publicados são cópias fiéis do livro, o que pode confundir alguns brasileiros com a gramática Portuguesa.

Pois bem, continuando :

No fatídico 07 de Janeiro de 2011, em Times Square, encerrou-se uma história de ilusão, promessas, desejos, ambição, cobiça e paixão.

De um lado Renato Seabra (21) , um jovem ambicioso e deslumbrado que viu em Carlos Castro(65) a oportunidade de galgar os degraus da fama na carreira de modelo – iniciada através de um reality show.

De outro, o colunista consagrado que via no jovem a realização da sua paixão pela juventude, beleza e virilidade que o garoto oferecia.

Mas a coisa toda foi ladeira abaixo  quando Castro, ficou enfurecido ao descobrir que Renato estava em contato com algumas garotas via internet.

A meleca toda resultou num bafão homérico que desencadeou no jovem uma espécie de surto psicótico onde ele “agiu” para “matar” e “libertar” a “maldição da homossexualidade” que Carlos “incorporava” como um demônio imundo e pecaminoso.

Vamos a apresentação dos personagens :

CARLOS CASTRO :

Excerto do livro que narra a ascenção de Carlos na Mídia do país.

O país assiste por esta altura (1979) ao nascimento do matutino Correio da Manhã e Carlos é convidado a assinar nele uma página sobre o mundo do espectáculo. (...) .

Divulga o trabalho de actores, escultores, pintores e músicos, falando deles no seu trabalho. A par, faz "nascer" alpinistas sociais. Eleva-os ao patamar dos conhecidos. Alguns ficam seus amigos para sempre. "Criei muitos no social." Outros hão-de esquecer que um dia lhe mendigaram apoio. Chama-lhes mons­tros. "Houve pessoas que me traíram. Não eram amores nem romances. Gente que abusou da minha forma de "dar sem nada receber" (...). Eu sou muito trans­parente e as pessoas abusaram de mim, serviram-se de mim para subir degraus, para aparecer, para conseguirem empréstimos bancários, para se infiltrarem em sítios onde nunca entrariam... tudo usando o meu nome sem a minha autorização", desabafa na edição de 1 de Outubro de 2006 da "Pública".Contracapa

A carteira profissional conseguiu-a com Cáceres Monteiro. Daí para diante, especializou-se naquele tipo de crónica social. Tinha uma forma muito especial de escrever que o fez ganhar alguns amigos e muitos inimigos, como acontece com todas as pessoas que têm opinião... A sua carreira de cronista diversifica-se. Torna-se figura de proa no mundo do "social". "Sempre pôs muita coisa e muitas atitudes em causa. É preciso haver pessoas como ele e é saudável que existam, para se dizerem as coisas quetêm que ser ditas. Às vezes pode ter dito coisas não fundamen­tadas, mas esse é o reverso da medalha", diz dele Carlos Pissarra, fundador da revista Lux. "As pessoas que fazem isto - que não têm medo de dizer as coisas - tendem a refugiar-se na sua con­cha", refere. "O tempo do Carlos ainda não acabou, mas o que ele representa - alguém que desmascara, que denuncia - já não tem o mesmo impacto. Mas ele é singular. Não há mais pessoas como ele", acrescentou Carlos Pissarra.
Ao longo dos seus 35 anos de carreira, Castro organiza amiúde galas de solidariedade e espectáculos de moda.

Cola­bora em inúmeras publicações, organiza edições da Grande Noite do Fado e foi autor dos espectáculos a "Noite dos Traves­tis". Estava em todo o lado. A par das crónicas sociais que assina. Durante décadas, foi praticamente o único a dedicar-se a este género de trabalho (crónica social). Antes, só houve Vera Lagoa, a quem Carlos Castro chama "tia", porque, afirmava, lhe ensi­nara tanta coisa. Em boa verdade se diga, goste-se ou não de Carlos Castro, muitos houve que querendo escalar a sociedade e ter um lugar ao sol, se aproximaram dele. Desses, alguns per­manecem hoje em silêncio...

(...)


RENATO SEABRA

Excerto do livro que narra a participação de Renato (natural da cidade de Catanhede) no Reality “A Procura de um Sonho” e como ele conheceu Carlos Castro

“A Procura do Sonho” foi o programa da SIC1 a que Renato concorreu e onde ganhou alguma visibilidade. Foi apresentado por Vanessa Oliveira e Pedro GFuedes que ao longo de seis programas semanais procuraram encontrar um jovem modelo de excelência de cada sexo em Portugal. Podiam inscrever-se jovens com idades entre os 16 e os 22 anos. O júri foi composto pela estilista Fátima Lopes, a produtora de moda Susana Marques Pinto e o fotógrafo Gonçalo Gaidoso. Avaliaram os 24 candida­tos seleccionados nas fases de castings que decorreram em Lisboa e no Porto. Tal como os programas de descoberta de modelos feitos noutros países, também o programa desenvol­vido pela SIC vivia de transformações de visual, aulas de pos­tura e passerelle, e no fim, avaliação dos modelos. Sessões fotográficas com conceituados fotógrafos e outras provas serviram para o júri escolher de entre os aspirantes a modelo. Depois, uma sessão fotográfica em conjunto e um anúncio publicitário.

Renato Seabra sobreviveu a tudo isto e esteve presente numa glamorosa gala em directo, na qual 16 finalistas (oito rapazes e oito raparigas) desfilaram. Esta gala final, em que Renato Seabra também participou, foi transmitida no dia 5 de Setembro de 2010.

O programa foi ganho pela manequim Joana Cruz, que ganhou o direito a fazer parte do restrito grupo de manequins que no dia 28 de Setembro viria a desfilar as roupas de Fátima Lopes em Paris. O modelo Diogo Abreu ao tornar-se vencedor ganhou direito a participar numa sessão fotográfica, em Paris, para uma prestigiada revista francesa. Alguns dos restantes concorrentes foram agenciados pela agência Face Models. Renato Seabra foi um deles. Além de licenciado e campeão nacional de basquete, aos 21 anos, Renato Seabra é agora, também, modelo da Face Models, a agência da conhecida estilista internacional Fátima Lopes.

(...)

A Face Models foi fundada em 1998 pela estilista Fátima Lopes, esta agência impôs-se logo desde cedo na moda em Por­tugal. Fruto de uma constante dinâmica que envolve profissionais atentos às necessidades do mercado, bem como de agenciados de reconhecido talento, a agência vem diversifi­cando as suas áreas de actividade. Para além de agenciar mode­los mais vocacionados para desfiles e editoriais de moda, agora agencia também actores, apresentadores, cantores, figurantes e faz a gestão de imagem de desportistas de alta competição. Ao ser finalista do programa "À Procura de um Sonho", Renato ganhou o direito a ser agenciado por esta marca. Fez alguns castings mas foi tudo. Castro havia de entrar na sua vida...

ENCONTRO

Do Facebook para a vida

Estava o rapaz de Cantanhede no seu sétimo céu, a viver a experiência de ter conseguido ser modelo, agenciado pela Face Models, quando, em Outubro de 2010, aceita um pedido de amizade, na rede social Facebook, de Carlos Castro.

Viu ali decerto, uma boa oportunidade de progredir na carreira de modelo. Aliás, nas primeiras trocas de mensagens com Castro, o jovem aspirante a modelo de Cantanhede exprime precisamente essa vontade. O preço a pagar é que pro­vavelmente não estaria nas suas aspirações...

O livro segue descrevendo o envolvimento de Renato e Carlos.

Entre ambos estabeleceu-se um jogo de interesse, onde Carlos era o promotor da entrada do jovem no mundo da arte, beleza e riqueza ( - era o provedor e a “mulher” da relação - ), enquanto Renato recebia todos os benesses (e era o “homem”, o ativo da relação”).

Para ludibriar o meio social de Renato (família, parentes, amigos,etc), foi montada uma teia de mentiras para justificar os aportes de grana que o jovem começou a receber do colunista.

É incrível que as pessoas acreditassem que ele recebia por volta de 1000 Euros por cada casting que participava !

Onde já se viu alguém receber por participar de casting ?

Mas o povo, por pura ingenuidade ou outra coisa, acreditava nesta bela lorota.

E a coisa continou nestes termos : Carlos patrocinava e Renato “comparecia”

Hernani vai na linha de que Renato não era homossexual assumido (mas com uma certa compulsão), que “aceitou” transar com outro homem por puro interesse.

Já Carlos caiu de amores pelo gajo e usou seu poder para atraí-lo para o mundo de CARAS.

Toda uma paisagem de aparências que só podia terminar da pior maneira, of course.

Seguindo com algumas transcrições :

As personalidades Renato Seabra e Carlos Castro (numa avaliação tipo “mais séria”)

Quando conhecemos alguém, a partir de um pequeno conjunto de comportamentos, inferimos sobre o seu modo geral de conduta, criando assim, uma teoria sobre a personalidade do outro.

Relativamente a Renato Seabra e a Carlos Castro, a vox populi tem respondido à criação de diferentes teorias sobre as suas personalidades.

A Carlos Castro, exceptuando os seus amigos, muita gente tem feito corresponder características que, resumidamente, apontam para um sujeito auto-centrado e narcísico, onipotente e dominador, manipulador emocional, irascível e intolerante à frustração. Já os seus amigos consideravam-no como um homem bondoso, magnânimo, estético e criativo, leal, mas, também, sofrido e lutador.

A Renato Seabra, exceptuando os amigos de Carlos Castro, muita gente tem feito corresponder características que, resumidamente, apontam para um sujeito ingénuo, passivo-dependente, simpático, triste e inexperiente. Já os amigos de Carlos Castro consideram-no ambicioso, sedutor, interesseiro e ambivalente.

Quanto à idade e ao poder, há uma relação assimétrica entre os dois. Em outros exemplos conhecidos na actual sociedade portuguesa, nunca isso loi motivo de chacota ou de censura publica. As relações de homens muito mais velhos com mulheres muito jovens que algumas figuras públicas protagonizam, largamente publicados em revistas e jornais diversos, são exemplo disso.

O cronista Carlos Castro era uma figura pública, no mínimo, controversa, e isso parece ter resultado numa Representação Social altamente favorável a Renato Seabra, emprestando a este o estatuto de vítima, quando este foi de facto o agressor e autor de um crime.

Claro está que a esta Representação Social não é estranho o facto de se tratar de um caso que remete para um tipo de "novela" onde um rapaz de província tenta vencer na vida e um homem poderoso que lhe abre o caminho em troca de Amor. E uma estrutura novelesca que capta o essencial de alguns mitos sobre os Amores e os Poderes.

Das características apontadas pela voxpopuli, muitas cons­tituirão enviesamentos. Contudo, algumas vivem dos traços vincados nas duas personagens em apreço. Os amigos são maus avaliadores, porque quanto mais extremas são as circunstâncias mais a emoção tolda a crítica, a razão e a justeza de análise.

Foi o que, de novo, perguntámos ao psicólogo forense Paulo Sargento?

(... )

Um psicólogo forense diz que :

“Numa apreciação parcimoniosa, a vida conhe­cida destes dois homens parece apontar para a existência de dois níveis de perturbação: uma perturbação de personalidade e uma perturbação mental”

Em Carlos Castro não parecia existir sintomatologia activa de doença mental, mas evidenciava sinais de uma perturbação de personalidade onde traços histriónicos e narcísicos eram reconhecíveis.

Em Renato Seabra parece existir, a partir de determinada altura, prodrómicos sintomatológicos de doença mental, do tipo psicótico.

(...)

Daí, junta o Narcisista com o Psicótico, só pode dar M...

Análise da Expressões Facias de Renato Seabra :

A análise à Expressão Emocional Facial é um procedimento comum nos meios forenses dos EUA. A não autorização de reco­lha de imagens foi vista como uma estratégia da defesa de Renato Seabra.

Independentemente das culturas, Raiva, Nojo, Medo, Feli­cidade, Tristeza e Surpresa têm tradução nas expressões faciais de qualquer ser humano, diz o cientista Paul Ekman.

(...)

Recolhidas quatro fotografias de Renato Seabra antes do homicídio de Carlos Castro e três já depois de estar internado no Hospital Bellevue, sob prisão, entregámo-las ao professor Paulo Sargento que as estudou, comparou e avaliou. "Ao olharmos para as fotos, a expressão de Renato Seabra mantém-se neutra e embotada em quase todas as circunstâncias.

Nas primeiras fotos (imagens 1 e 2) observamos um sorriso que se circuncreve à musculatura peri-labial, com uma natureza pouco expressiva da emoção de felicidade.

Aliás, todas as fotos sugerem alguma alexitimia (dificul­dade de expressão emocional), o que é bastante comum nas per­turbações psicossomáticas e nas perturbações psicóticas.

Nas imagens 3 e 4 o seu fácies é perfeitamente neutro, não deixando transparecer nenhuma emoção evidente.

Contudo, a imagem 3 sugere maior tensão muscular facial, algures próxima de uma emoção de raiva (ainda que contida).

  

As três últimas imagens, captadas na altura da decisão do grande júri (1 de Fevereiro), são, visivelmente, resultado de medicação tranquilizante e, eventualmente, antipsicótica.

A quase ausência de tónus muscular facial e, em particular, o semi-cerramento das pálpebras, constituem particular evidên­cia deste tipo medicação.

 

Os únicos movimentos, provavelmente, ligados ao medo, são os movimentos oculares que ainda denotam alguma vigi­lância e activação.

Se Renato, mesmo nas fotos em que estará, porventura, mais à vontade, apresenta um défice de expressão facial das emoções básicas, nas fotos do tribunal, por efeito far­macológico, perde quase totalmente o tónus muscular facial".

Encerrando a rosca ( Jogo de Interesses ) :

"Ele sabia que o rapaz não era homossexual e que nunca tinha tido uma experiência do género. Tinha a certeza disso. Sem ser muito efeminado, em termos sexuais o Carlos era uma mulher. O rapaz, sendo heterossexual, jogou com ele. Era o homem, o elemento activo, e isso não afectaria a sua masculinidade. Eu sempre lhe disse (a Castro) que aquilo não tinha pernas para andar", diz o jornalista Guilherme de Melo.

"Eu achava que a única coisa que ele via no Carlos era a oportunidade, o protagonismo, a carreira, alguém que lhe podia abrir as portas", continua este jornalista, escritor e poeta, que um dia se casou mas pediria a anulação do casamento por sen­tir que não podia viver senão como homossexual, condição que assumiu desde cedo.

Por muito que isso custe à família, amigos e anónimos, solidários com cada um dos dois, Renato e Castro sabiam as regras do jogo que estavam a jogar. "O Renato fez um jogo duplo: uma coisa era o que ele dizia à família e aos amigos; a outra era como ele alimentava a fantasia do Carlos", recorda este amigo íntimo de Carlos.

Carlos tirava partido do poder, económico e social que tinha para aumentar o deslumbre do rapaz . Este, por sua vez, compensava com o que tinha de mais valioso. “A Fátima Lopes diz que eu sou um diamenta bruto”, disse Renato ao Inde­pendente de Cantanhede.

(...)

Castro não usou a ingenuidade de Renato, outrossim, tirou partido da sua juventude e ambição. A verdade é que ambos se quiseram. Com objectivos diferentes, mas com interesses que se intersectavam. Por isso mesmo aceitaram as diferenças entre um e outro, servindo-se um do outro.

"Acho que o rapaz usou o corpo que tinha, a virilidade e, sobretudo, o que tinha entre as pernas. Quando o Carlos o viu trocar contactos com umas raparigas no hall do hotel, fez uma cena de ciúmes enorme. Por outro lado, o rapaz, que tinha sido acólito em Cantanhede, tinha a cabeça cheia de preconceitos. A discussão que tiveram no restaurante que levou alguns clientes a queixarem-se à gerência - fez com que o Renato caísse em si: passou a ver no Carlos o objecto do seu ódio, daí a tortura a que o submeteu, para o livrar dos “demónios” . Acho que foi nessa altura que percebeu que se tinha envolvido e que não havia forma de voltar atrás", disse o jornalista Guilherme de Melo.

Renato foi julgado em 2011 e agora cumpre pena de no mínimo 25 anos de reclusão nos Estados Unidos.

Video com o bafão completo :

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