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Jogos Mortais 2
Jigwaw, o assassino canceroso e jogador, está de volta para dar mais uma lição aos humanos. A motivação de Jigsaw é : “o ser humano só dá valor a vida quando confrontado com sua própria morte iminente”. Para provocar isto ele coloca algumas pessoas frente a frente em situações limites onde ou elas unem-se para lutar por suas vidas ou acabam matando-se umas as outras para salvar, cada uma, a sua própria pele. É claro que se tratando de um filme de horror os personagens imbecis acabam optanto por brigar uns com os outros. E o que se vê é um festival de mortes horrenda com sofisticados requintes de crueldade. A exemplo do primeiro “Jogos Mortais”, o final é surpreendente e causa uma reviravolta interessante na história (que sem dúvida terá continuação). A vingança aqui é o centro e grande motivadora desta reviravolta. Mas o filme não passa de um terror barato para assustar e impressionar os sádicos de plantão.
Curiosidade : o ator que interpreta (bem) o policial é Donnie Wahlberg (foto abaixo), que iniciou carreira artística cantando no grupo teen “New Kids on the Block”. Depois Donnie passou para o cinema onde destacou-se em “Sexto Sentido”, fazendo o pequeno mas fundamental papel do assassino do personagem do Bruce Willis. Também fez o papel de ET no horrendo “O apanhador de sonhos”. Donnie é irmão de Mark Wahlberg, também cantor e ator, casualmente o protagonista do próximo filme comentado.
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Quatro Irmãos
O diretor John Singleton volta ao seu universo bem conhecido de gangues, violência e hip hop. Aqui temos a história de quatro irmãos adotivos (dois brancos e dois negros) que têm sua mãe assassinada aparentemente num assalto “comum”. Logo a polícia incrimina genericamente “alguns garotos negros” mas os irmãos, não convencidos, partem para investigar e fazer justiças com as próprias mãos. Eles acabam entrando num universo de poder, violência e corrupção que os leva a perceber que apenas a força bruta (e alguns assassinatos) não os livrarão das implicações relacionadas com a morte da gentil senhora. Daí partem para um plano de vingança supreendente e bem fechado.
Uma obra acima da média que serve para passar o tempo.
Curiosidade : Mark Wahlberg (o protagonista - foto abaixo), também começou carreira como cantor. Seu grupo Marky Mark and the Funky Bunch foi fundado com a ajuda do seu irmão Donnie (veja filme acima) e chegou a excursionar com o NKOTB (New kids on the block). Mark alcançou sucesso tanto como cantor quanto como modelo principalmente pela campanha de cuecas que fez para Calvin Klein.
Pirataria : fui procurar este filme para comprar nas banca de camelô aqui em Porto Alegre. Chegava e dizia que queria o DVD “Quatro irmãos”. Ninguém tinha, ninguém conhecia. Exceto um : o rapaz olhou bem para mim e pediu para aguardar. Foi até um companheiro, conversou um pouco e voltou. Cheio de razão, sério, me disse : “Olha moço, este filme que o senhor quer não existe. O filme que o senhor quer é “Os dois filhos de Francisco” e não “Quatro irmãos””
...pano rápído
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Marcas da Violência
O bizarro diretor David Cronemberg volta em uma obra mais convencional, bem diferente das loucuras tipo “Videodrome” e “Scanners”.
Baseado numa graphic novell, o filme conta a história de uma pacata família numa pequena cidade do interior dos EUA que tem sua vida transformada quando o pai, Tom Stall (interpretado por Viggo Mortensen – o inesquecível Aragorn do “Senhor dos Anéis”), vira uma celebridade ao matar dois ladrões e assassinos que tentam assaltar sua lanchonete.
Com a divulgação da sua foto na mída nacional logo surgem na cidade alguns gangsters que afirmam que o herói na verdade é um frio assassino que tem contas a pagar com seu passado. Um destes gangsters apresenta um olho destruído o qual, afirma, é resultado da violência inerente ao pacato cidadão. É claro que Tom afirma não ser a pessoa em questão, porém pouco a pouco a verdade vem à tona desequilibrando totalmente aquela típica família americana.
Daí para diante o filme vira uma fábula sobre vingança, mentiras, resgate do passado, eliminação dos fantasmas, mudanças, traição, redenção e possibilidade de uma nova vida.
Um filme adulto com duas boas cenas eróticas : uma no início quando a esposa se traveste de lider de torcida e rola uma sequência de sexo oral bem realista e outra, já quando as mentiras vieram à tona, onde o casal transa violentamente numa escada.
Vale a pena.
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Oldboy
Fantástico. Inesquecível. Neste filme a palavra “vingança” atinge sua plenitude, sua glória, seu sucesso. Oldboy conta a história de Daesu (vivido pelo excelente ator Choi Min-sik) que, sem motivo aparente, fica preso durante 15 anos numa cela que parece mais um hotel de quinta categoria. Subitamente ele é solto e, completamente perdido, raivoso, com ódio do mundo, parte para vingar-se daqueles que prenderam. Nas suas andanças acaba se envolvendo com Mido uma jovem garçonete que o acolhe e torna-se sua amante.
Também Daesu logo descobre quem foi o mandante do seu infortúnio : trata-se de Lee Woo-jin, um magnata que não deixa claro imediatamente qual foi a causa da sua prisão. Isto faz com que Daesu o poupe de início.
Propositalmente o filme vai seguindo meio confuso e sem coerência, alternando passagens de lutas bem coreografadas, cenas de tortura explícita (sem falar na famosa cena onde um polvo vivo é devorado por Choi Min-sik) com outras bem mornas, principalmente aquelas que envolvem o casal de namorados.
Deste modo a saga segue com o infeliz ex-prisioneiro perdido (e o público também) numa busca de vingança aparentemente desfocada e sem objetivos.
Porém, inesperadamente, a história toma um caminho totalmente novo que vai levar o protagonista ao encontro do maior pesadelo da sua vida. O que acontece é um soco da cara do público, é de cair o queixo. A cena onde Daesu finalmente compreende o porque de ter passado pelo inferno é absolutamente fantástica onde o personagem mescla incredulidade, horror, súplica, humilhação e ódio. Fiquei chocado.
Oldboy mostra um círculo onde uma vingança alimenta a outra, onde os personagens definem suas vidas por este sentimento, por esta energia que os motiva e destrói.
Depois de tudo, o belíssimo final levanta mais questões do que soluções. Assim, fica a cargo do público julgar se o destino proposto ao personagem representa uma benção e sua salvação ou o definitivo empurrão para o abismo.
7 comments:
Greetings from the USA.
Lindoooo, como estás? Pretendo te ligar à noite.
Ahhhh, o Mark Wahlberg aí (suspiro)...
Me dás água na boca com teus comentários sobre filmes. Vou ter de fazer maratona (impossível!), para poder vê-los.
Ah, te menciono no meu último post.
Tchau, elixir (do bem-estar). Beijão.
Caro Iuri, o seu problema é uma questão de "preferencia" :-))
No final de semana também assisti filmes, 3, dois infantis maravilhosos e uma comédia. Nada de vingança, nem morte nem sangue, somente diversão, lágrimas de felicidade e muito riso, muito mesmo :-))
Abraços
Marcelo
o melhor filme de vingança ate hj é Kill Bill!! hehehe
não vi nenhum desses filmes. Jogos Mortais jah vi q é ruim, hehe.
beijos!
ha, esqueci... palmas para o guri do camelô!!! huauhauhahhahahahaha
socorro!
oi Iuri.. quanto tempo.. =)
Bom, dicas anotadas.
Se bem que com temas fortes assim provavelmente vá demorar um pouco pra eu pegá-los, to precisandod e uams comédias ou oiutras coisas leves por hora.
abraço!
olhando seus posts antigos, tive que comentar esse, oldboy é realmente sensacional, o melhor filme sobre vingança. infelizmente ainda não assisti marcas da violência.
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