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Agradecimento Macabro |
Verdades. mentiras, reflexões e insanidades ditadas por forças ocultas Autores : Iuri Palma (iuri.palma@gmail.com)
Hino do Blog - Clique para ouvir
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Sunday, September 28, 2014
Video - Chandelier ( Sia )
Vídeo - Home (Naughty Boy ft. Sam Romans)
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Naughty Boy |
Um belíssimo clip que fala em "voltar para a casa". O final é emocionante. Vale a pena mesmo.
Também em versão "lyrics" que também é fantástico.
Versão Original
Versão Lyrics
Thursday, September 25, 2014
Vídeo - Evangélicos vão eleger Deus !
Então desde que o mundo é mundo Deus não fez nada para mudar a sociedade pois não tinha tido, até agora, a oportunidade de ser eleito pelo voto direto para a Presidência de um país?
Quer dizer que agora o povo vai finalmente colocar Deus no comando?
É muito ridículo.
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É claro que a Marina talvez não concorde com este tipo de discurso absurdo (não posso afirmar que sim), mas, de qualquer forma, tem muita gente que acredita nesta insanidade.
A humanidade ainda não aprendeu que o fanatismo, seja de qualquer naipe, só traz separação, perseguição e desgraça ?
Wednesday, September 24, 2014
Video - Vovó Lole
Eu sou um obcecado por velhos.
Fico observando direto os anciãos em todos os ambientes (ruas, restaurante, super, cinema, praia, etc).
Fico observando seus movimentos, suas falas, como andam, como agem, seus modos, suas dificuldades.
Fico me imaginando na idade deles (que já não está tão longe) e como estarei quando chegar lá.
Nestes momentos sempre me lembro da música do Antony and the Johnsons, "Hope There's Someone", que traduz de forma magnífica o que penso.
E quando vejo o vídeo da Vó Lole, vejo luz.
Maravilha.
Vídeo da Vovò Lole
Antony and the Johnsons, "Hope There's Someone" - Legendado
Friday, September 19, 2014
Livro - “A condição indestrutível de ter sido”
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Helena Terra |
Wednesday, September 17, 2014
Teatro - Vingança - Musical inspirado pela obra de Lupicínio Rodrigues
Texto de Niara Palma
Direção Musical Guilherme Terra
Direção Geral André Dias
Com Amanda Acosta, Andrea Marquee, Anna Toledo, Jonathas Joba, Leandro Luna e Sérgio Rufino
Músicos Guilherme Terra (Piano), Jeferson de Lima (Violão) e Ricardo Berti (Percussão)
Tuesday, September 16, 2014
Teatro – A morte de Ivan Ilitch
Toda a vez que ele via o que alguns diretores faziam com suas peças (com montagens cheias de “inovações”) ele se perguntava : por que não simplesmente contar uma história, sem grandes arroubos e invencionices ?
Por que tanta “criatividade”? Como fica a boa e velha narrativa?
Este pensamento ficou o tempo todo na minha cachola ao ver a falcatrua cometida ontem na Alvaro Moreira com a “morte” da “A morte de Ivan Ilitch” perpetrada pela atriz e diretora Cácia Goulart, num monólogo dramático (de 1h 40 minutos !! – haja paciência e sono ) adaptado da excepcional novela de Liev Tolstoi.
Que pé no saco.
Eu tenho uma relação muito pessoal com “A morte de Ivan Ilitch”. Para mim uma das obras humanas mais perfeitas realizadas. Li três vezes o livro e certamente lerei outras tantas. Pode-se dizer que é um dos livros fundamentais da minha vida. Então foi com a expectativa lá nas nuvens que adentrei o teatro.
Mas que rasteira.
Em termos visuais a iluminação é maravilhosa e o cenário é altamente plástico e eficiente.
Mas o texto ? MÉLDÉLS !! Tu te pergunta : será que a artista leu o livro? De onde ela conseguiu extrair tanta bobagem? O que tem a ver aquele Ivan mostrado no palco com o do livro? Por que tanto grito e angústia? Por que tanto contorcionismo? Cadê a história? Meu companheiro, que não leu o livro, ficou boiando em várias passagens (como a do “Caio”, por exemplo).
É claro que todo o assim chamado "artista" tem que “transgredir”, “inventar”, “instigar” (..meu saco de vômito, por favor..), para provar seu “talento”, e por isto acha-se no direito de “recriar” , “reinterpretar” qualquer clássico, e, consequentemente, cometer as maiores imbecilidades possíveis (que aliás o povo do teatro “adora”).
Esta montagem do “Ivan” é praticamente uma cartilha passo a passo de como cometer merda no palco.
O que foi engraçado foi ouvir o diálogo de duas velhinhas próximas. Uma tri indignada ficava cutucando a companheira : “Mas este não foi o livro que tu me emprestou!”. “A história não era assim”. “Não to entendendo”, e por aí vai. E a outra não sabia o que responder. Nem eu saberia.
Para mim a cena que resume o “espetáculo” é quando a atriz (muito “corajosa” e "desinibida") escarra num penico.
E ai eu pensei : finalmente ela tá mostrando sua “proposta”, escarrando em Tolstoi, em Ivan Ilitch e no público.
Realmente resume tudo.
Wednesday, September 10, 2014
Teatro - Tríptico Samuel Beckett

Nathalia Timberg (84 anos), Samuel Beckett (nobel de literatura) e “Teatro”, uma receita pré-definida para definir “Arte”. Sim, daquele tipo que você é obrigado a achar tudo, mesmo que seja uma bosta. Se bem que não é bem o caso deste "Tríptico Samuel Beckett", uma livre adaptação das obras "Para o Pior Avante", "Companhia" e "Mal Visto Mal Dito", inéditas do Brasil, e encenada no atual Porto Alegre em Cena.
O tal espetáculo tem seus méritos. Além dos aspectos estéticos (achei muito boa a iluminação – muita penumbra - e o cenário tri minimalista), o que curti – até certo momento – foi o estranhamento provocado pelo texto, onde as palavras – sem linearidade alguma – são despejadas sobre a incauta plateia, que luta para dar um algum sentido, algum encadeamento, alguma lógica ao todo.
Só que não.
A partir de certo momento, fica claro que o que está rolando é um fluxo de frases desconexas e aleatórias – estruturado em três monólogos - pipocando na mente de uma mulher em três fases da vida (infância, maturidade e velhice à beira da morte). Tipo frases à procura de um ouvinte. Uma coisa bem “densa”, para não dizer fora da casinha.
Bem, o que dizer das atrizes ?
Juliana Galdino faz a fase de maturidade, e, ao ser confrontado com a performance da atriz, tu te pergunta : por que ela não usa um rímel à prova dágua, tipo da Panvel mesmo? Sim, pois a artista chora horrores e fica com a face lambuzada de tinta preta. É claro que é um truque para criar a assim conhecida “máscara trágica teatral”. Então dá-lhe água preta escorrendo pescoço abaixo para comprovar o talento da diva. Em termos de voz, Julia mata a pau com entonações que vão do sussurro ao grito, e de resto não entendi muito bem o agasalho da Adidas que ela usa (e sua), mas tudo bem, tal modelito deve ter seu “símbolo”.
Paula Spinelli, com sua voz de chamar golfinhos e olhos esbugalhados, faz a menina. A coisa é tão insípida que nem vale a pena falar mais nada ( o lance do ouriço na caixa é “algo”).
Nathalia fala por último. A outra vez que a vi no palco foi com “Tres Mulheres Altas” onde ela dividia a cena com a Marisa Orth e Beatriz Segall, sei lá eu há quantos anos. Realmente a deusa mata a pau. Sua voz é inconfundível, seu olhar matador. E a coisa vai neste ritmo. Impressionante. Só que, é claro, o texto não ajuda e tu fica mais envolvido pelo talento da poderosa do que pelo pretenso drama da moribunda.
E bota drama nisto. A questão é : por que tanto drama, tanta angústia, tanta desgraça existencial? Esta seria a tal da famosa “condição humana”? A mulher no palco é o quadro do martírio. Êta mulher sofrida. Será que ela não curte uma Valesca Popozuda? “Menas”, né?
E no final, como não poderia deixar de ser, o povo da arte aplaude em pé e grita “bravo”, mesmo sem ter entendido porra nenhuma. Sim, é claro, todos posam de “profundos” pois, de outro modo, passariam atestado de jumentos culturais.
Então tu tem mais é que aproveitar o aconchego do teatro (o ar condicionado tava ótimo) para relaxar e curtir o non-sense, ou pensar na lista do supermercado, ou dormir (ou tudo ao mesmo tempo, como aconteceu comigo).
Sunday, September 07, 2014
Livro–Indefensável
'Indefensável — O Goleiro Bruno e a História da Morte de Eliza Samudio' , de autoria dos repórteres policiaiss Leslie Leitão, Paula Sarapu e Paulo Carvalho (Record 2014), narra de forma brilhante todo o caso do assassinato de Eliza Samudio em 2010, orquestrado pelo ex goleiro Bruno (Flamengo) e seus comparsas (Bola, Macarrão e outros).
O texto é tão vibrante e cinematógráfico que o leitor praticamente se sente como uma testemunha ocular de toda a narrativa.
Nesta vibe super estimulante acompanhamos a trajetória de um atleta especial, desde sua infância sofrida, passando pela consagração nos campos até a condenação pela morte da ex-amante.
Bruno emerge das páginas como um cara tri esforçado e talentoso (além de carismático e líder) que deslumbrou-se com a grana e a fama (quem não ?) e, a partir daí, acreditou ser um personagem acima do bem e do mal que podia tudo (porém com um cérebro de ervilha); um semi deus intocável que não admitia ser alvo de qualquer tipo de crítica ou cobrança.
Neste quadro de soberba e egocentrismo (se achando horrores) o “rei” não admitiu ser alvo das acusações da periguete “maria chuteira” que foi para a imprensa expor sua situação de mulher grávida e ameaçada.
O poderoso, então, na sua “revolta”, perde completamente a noção e parte para ”eliminar o problema”, que envolveu ameaças, pressão para a realização de um aborto, agressões físicas, tortura e finalmente a morte do incômodo, que foi milimétricamente planejada pelo Macarrão com total aprovação e consciência do capitão rubro negro.
Depois do desaparecimento da garota, acompanhamos as investigações problemáticas, prisões e as sessões dos julgamentos dos criminosos.
Com a descrição dos julgamentos o livro cresce muito, revelando o quanto as sessões foram conturbadas, com várias idas e vindas de estratégias de defesa (algumas completamente esdrúxulas – tipo a hipótese de romance entre Bruno e Macarrão) , inúmeras manobras jurídicas para botar areia e atrasar ao máximo os processos, troca de advogados a toda hora, etc.
Isto sem falar na absurda tentativa de assassinato do promotor Henri Wagner que teve uma atuação exemplar - a transcrição dos seus discursos são espetaculares - e conseguiu enjaular toda a corja.
Livraço.
Monday, September 01, 2014
Fantástico– Vai fazer o quê ?
Nada mais ridículo que o quadro do Fantástico ontem que, a título de testar a reação das pessoas, simulou uma cena onde um homem ( e depois uma mulher) “maltratavam” uma cachorra num parque.
A idéia era gravar o que os transeuntes fariam ao presenciar tamanha barbaridade, e as cenas gravadas mostraram alguns destes realmente indignados e que partiram para cima do “dono malvado” na defesa do pobre animal.
E eu me perguntava : o que estes cidadãos conscientes comeram no almoço, ou o que eles iriam comer no jantar? Frango, porco, pato, vaca (uma coisa Friboi)?
Sim, pois de que adianta se indignar com o sofrimento de um cão se depois o que se vê no prato são pedaços de carne?
Pra mim é muita hipocrisia.
Não há justificativa para quem se choca com o sofrimento de um cão (ou um gato) e depois saliva diante de animais mortos.