Crianças
traficadas, torturadas, abusadas sexualmente, mortas, canibalizadas e
mumificadas (ou o que sobrou delas). Sofrimento em campo de
Concentração. Transtorno de múltiplas identidades. Incesto. Bullying
escolar escabroso. Lobotomia. Corrupção Judicial. Genocídio Stalinista.
Ambiente decorado com mãos e pênis de crianças mortas. Depressão. Morte
por inanição. Cropofilia. Matricídio. Parricídio.
Seitas Religiosas com rituais tenebrosos. Transexualidade perversa.
Animais mortos e esquartejados.Tortura e/ou assassinatos de adultos.
Psicose. Perseguição Nazista. Suicídio. Corrupção policial. Crianças
drogadas lutando entre si em chiqueiro inundado de merda de porco.
Serial Killer. Mumificação com a pessoa viva. Construção de um “Inseto
Gigante” com partes do corpo humano.
… ufa ! …
E num tom mais “familiar” temos adultério, lesbianismo, poligamia, vagabundagem, filhos com pais ausentes, etc.
Sim, este é o “banquete” servido no livro “A Garota Corvo”,um petardo
de 584 páginas (publicado originalmente como uma trilogia), escrito por
Erik Axl Sund - que vem a ser uma dupla formada por Jerker Eriksson e
Håkan Axlander Sundquis (dois caras suecos metidos com arte).
A
obra é um compêndio de monstruosidades e bizarrices, evidentemente
escrita “para chocar”, que, a partir de um certo ponto, torna-se
absolutamente chata no seu desfile de anomalias.
Mas isto até
nem é o pior. O que dá raiva é o desfile de personagens esdrúxulos. Não
se salva ninguém. Do lado da polícia temos um grupo que pode ser
qualificado como “Esquadrão Imbecil”. A partir de um certo ponto, tu já
sabe que os inspetores são um exemplo de incompetência, com deduções e
linhas investigativas absolutamente fora da casinha, que deixam os
malvados e assassinos sempre um passo à frente. Do lado dos vilões, o
quadro é tão grotesco que chega a ser risível. O vilão principal – o tal
que encarnaria o mal absoluto - é tão absurdo que cheguei a sentir
vergonha alheia pelos autores. Tu chega a um ponto de pensar : que merda
é esta? Até onde vai a “capacidade criativa” destes idiotas para gerar
este primor de aberração? E é claro, tem o lado das vítimas. Aqui a
coisa pesa mais. Temos as vítimas assassinadas (de formas horrorosas) e
as “sobreviventes”. Dentre as sobreviventes temos a tal de “Garota
Corvo” - cuja história é um expoente de nonsense – e outras, com
destaque absoluto para outra garota, uma espécie de justiceira, que só
pode ter sido pensada e desenvolvida com a cabeça dos autores inundadas
de substâncias ilegais de tão inverossímil que é.
Isto sem
dizer que o livro é tri difícil de ler por conta da quantidade de
personagens – o que faz com que a leitor se perca em inúmeros momentos e
tenha que revisar diversas passagens - e de nomes de locais como
OBergsgatan, Kungsholmen Hurtig, Swedenborgsgatan, Ringvagen,
Renstiernas, Langholmen, , Palsundsbron, Sjomansskolan,
Sjofartshotellet,Norra Hammarbyhamenn, Medborgarplatsen
e muitos outros.
E, para coroar, as resoluções das inúmeras questões levantadas,
durante as infindáveis páginas, são completamente anódinas, ocas, sem
força alguma, sem contar que várias delas simplesmente não são
resolvidas .. e tu fica boiando...
Resumindo : uma grandessíssima bosta.
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