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Sunday, March 04, 2012

Nick Vujicick – Uma vida sem limites

“Uma vida sem limites” definitivamente é um livro de autoajuda ( e foi o primeiro que li do tipo). Comprei-o sem conhecer absolutamente nada sobre Nick Vujicick. Minha motivação para a aquisição foi a foto da capa que mostra Nick sorridente em seu corpo atrofiado.
Ao começar a ler confesso que tive o impulso imediato de largá-lo pois fiquei chocado com o tom “cristão-salvação” do moço. Uma coisa bem pregação cristã ferrenha mesmo. Tipo “confia”, “acredita”, “tenha fé”, “persevere” e outras recomendações “fáceis e bíblicas” do tipo.
Porém, a medida que fui lendo, fui me colocando na pele do gajo e percebi que realmente tudo o que ele prega faz sentido e é totalmente coerente dentro da sua vida, da sua realidade.
A religião foi sua salvação e, a partir dela, ele encontrou respostas e consolo para sua condição e definiu sua missão como pregador do evangelho ao redor do mundo.
Fiquei surpreso com seu talento, sua sensibilidade para tocar o espírito, a alma do próximo, e o livro traz alguns casos de pessoas que tiveram suas vidas transformadas ao conhecer sua vida, sua força, sua superação e seu foco na esperança e na fé.
Assim, mesmo não sendo um seguidor assíduo da fé cristã, não posso deixar de reconhecer que a doutrina foi a salvação da vida do moço (e a de outros) , e “apenas por isto” revela seu valor como ferramenta de apoio ao indivíduo em busca de consolo ( … o cristianismo é uma, mas existem diversas outras ferramentas e práticas que cumprem este papel, desde filosofias até drogas....).
De qualquer forma o livro tem seu valor, pois seus “toques” e “conselhos”, apesar de amontoarem um clichê atrás do outro, acabam construindo um discurso positivo que ajuda o povo a enfrentar as mazelas da vida - o que não é pouca coisa.
Duas passagens particularmente me impressionaram. Uma é quando ele fala de empatia e exemplifica com o caso de uma garotinha que o “abraça” em uma festa, e o outra é quando ele fala da necessidade de brincar sempre.
Seguem as duas transcrições abaixo.
EMPATIA
(... antes ele fala sobre sua tentativa de suicídio, da sua dor emocional e da sua frustração física...)
“Minha atitude melhorou consideravelmente quando cresci um pouco e percebi que muita gente enfrenta problemas iguais ou piores que os meus. Quando reconheci isso, comecei a me colocar no lugar das outras pessoas e a oferecer a elas encorajamento com muito mais empatia.
A filhinha de um amigo da minha família me propiciou uma demonstração bastante comovente de empatia. Os pais dela, que estavam visitando a Austrália em 2009 resolveram levá-la com eles a uma festa. Era ma menininha de apenas dois anos de idade, que eu nunca tinha visto antes.
Ela ficou um bom tempo me analisando de longe, como as crianças pequenas invariavelmente fazem. Então quando seus pais já se preparavam para ir embora, perguntei àquela linda criança se queria me dar um abraço. Ela sorriu e, com cautela, caminhou pé ante pé na minha direção.
Quando chegou bem perto, parou, me olhou bem nos olhos e lentamente abriu os braços e os dobrou atrás das costas, como se quisesse mostrar solidariedade com a minha falta de braços. Depois caminhou um pouco mais e encostou a cabeça no meu ombro, abraçando-me com o pescoço exatamente como ela tinha me visto fazer com as outras pessoas.
Todos na sala ficaram abismados pela incrível demonstração de empatia daquela menininha. Já fui abraçado muitas vezes, mas sinceramente posso dizer que jamais vou me esquecer desse abraço em particular, porque aquela menininha obviamente tem o maravilhoso dom de se identificar com os sentimentos dos outros

BRINCANDO PARA SEMPRE
0 Dr. Stuart Brown, psiquiatra e fundador do National Institute for Play [Instituto Nacional para Brincadeiras], diz que somos programados para brincar e que negligenciar esses impulsos brincalhões pode ser tão perigoso quanto não dormir.
Ele estudou condenados no corredor da morte e assas­sinos seriais e constatou que quase todos eles tiveram uma infância com ausência de padrões de brincadeiras. Ele afirma que o contrário de diversão não é trabalho, e sim depressão, e que a diversão pode muito bem ser consi­derada uma ferramenta de sobrevivência.
Brincadeiras arriscadas que envolvem disputa física ajudam crianças e adultos a desenvolver suas habilidades sociais, cognitivas, emocionais e físicas, de acordo com o Dr. Brown, que acredita que devemos inclusive tentar amalgamar trabalho e diversão em vez de reservar tempo específico para a recreação.
Conheci homens que passaram a juventude inteira em busca de reco­nhecimento e riqueza e que, em seus últimos anos de vida, perceberam que chegavam ao fim de uma jornada da qual não tinham gostado. Não permita que isso aconteça com você. Faça o que tiver de fazer para sobreviver, mas, sempre que possível, faça também o que você ama!
É assustador ver que podemos ser tão enredados pela rotina do dia a dia e pela luta para ganhar a vida, que acabamos negligenciando nossa qualidade de vida. 0 equilíbrio não é algo que se alcança "um dia". Não se esqueça de se divertir à beça curtindo atividades e passatempos que o absorvam tanto, que você acaba até perdendo a noção de tempo e espaço.
Estudos demonstram que ficar "no mundo da lua" ou totalmente absorto e envolvido em uma atividade favorita — seja ao jogar Banco Imobiliário, a a pintar uma paisagem ou a correr uma maratona — talvez seja o mais perto que a gente consiga chegar da verdadeira felicidade.”

Falou e disse, Nick
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Abaixo alguns clipes do Nick


 

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