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Friday, September 17, 2010

O livro dos Insultos - H. L. Mencken



Henry Louis Mencken, - ou H. L. Mencken (12 de setembro de 1880, Baltimore, Maryland – 29 de janeiro de 1956), foi uma das vozes mais poderosas no jornalismo americano. Sarcástico, debochado – e até mentiroso – atacava qualquer ordem, idéia, pensamento estabelecido dentro do que ele apontava como delícias da estupidez humana (principalmente politica e religião).


“O livro dos insultos”, traz uma seleção de textos, traduzida por Ruy Castro, que dão um magnífico panorama do que se passava na mente do ensandecido Mencken. Fiquei maravilhado com suas idéias transgressoras – que até hoje com certeza despertam a ira de muitos -, com seu tom sarcástico, debochado, totalmente iconoclasta. Tipo, “não tô nem aí para quem ficar doído”. Ele não poupa ninguem, não respeita qualquer instituição.


Com paixão e astucia, seu cavalo de batalha é o compromisso em atacar quaisquer dogmatismo, preconceitos, politicagem e fanatismos gerais. É uma metralhadora giratória atingindo tudo o que ele considera de podre, hipócrita, falso no universo humano.


Com refinamento de guilhotina, Mencken impulsiona o leitor para a verdade atrás do estabelecido; desmascara, desmistifica as certezas, o inquestionável. Sua voz arruína o status quo, desestabiliza, balança as crenças, o certo, o incontroverso.


Puxa o tapete de todos.

Realmente uma beleza !

Algumas de suas máximas :

· Mostre-me um puritano e eu lhe mostrarei um filho da puta.

· Nunca deixe que seus inferiores lhe façam um favor. Pode custar-lhe caro.

· Um homem educado é aquele que nunca bate numa mulher sem ter um motivo justo.

· Imoralidade é a moralidade daqueles que se divertem mais do que nós.

· As únicas pessoas realmente felizes são as mulheres casadas e os homens solteiros.

· Todo homem decente se envergonha do governo sob o qual vive.

· Digam o que disserem sobre os Dez Mandamentos, devemos nos dar por felizes por eles não passarem de dez.

· O principal conhecimento que se adquire lendo livros é o de que poucos livros merecem ser lidos.

· Pelo menos numa coisa homens e mulheres concordam: nenhum deles confia em mulheres.

· De fato, é melhor dar do que receber. Por exemplo: presentes de casamento.

· A consciência é uma voz interior que nos adverte de que alguém pode estar olhando.

· Os solteiros sabem mais sobre as mulheres que os casados. Se não, também seriam casados.

· O adultério é a democracia aplicada ao amor.

· A fé pode ser definida como uma crença ilógica na ocorrência do improvável.

· Quanto mais envelheço, mais desconfio da velha máxima de que a idade traz a sabedoria.

· Pode ser um pecado pensar mal dos outros, mas raramente será um engano.

· O cristão vive jurando que nunca fará aquilo de novo. O homem civilizado apenas resolve que será mais cuidadoso da próxima vez.

· Nunca superestime a decência da espécie humana.

· Incrível como meu ódio pelos protestantes desaparece quase por completo quando sou apresentado a suas mulheres.

· É difícil acreditar que um homem esteja dizendo a verdade quando você sabe muito bem que mentiria se estivesse no lugar dele.

· A guerra contra os privilégios nunca terá fim. Sua próxima grande campanha será a guerra contra os privilégios especiais dos desprivilegiados.

· Padres e pastores são cambistas esperando por fregueses diante dos portões do Céu.


1 comment:

Jânio Lima said...

Estou providenciando o livro, preciso ler esse livro. Muito bom o blog abraços